Torcidas do Fluminense e de outros grandes times estão sendo roubadas

SAF é roubo! Não é destino e muito menos natural. O neoliberalismo e sua ênfase na financeirização perversa da economia criam as crises para lucrar com elas. É pura crença idiota que essas firmas de valuation são compostas por pessoas sérias. É tudo tubarão atrás do sangue de pessoas e entidades endividadas.

Nenhum playboy do mercado financeiro poderia construir um Fluminense e pagar por seu patrimônio, mesmo que não fique com o Estádio de Laranjeiras e sua bela sede art-nouveau. As cores e a história do Flu e seu futebol têm um preço verdadeiramente incalculável. Nenhum especulador financeiro o construiria.

SAF é roubo! Com Mário ou sem Mário, SAF é roubo. É “realização” de capital, assim como as privatizações, para cima de uma sociedade civil refém do mercado financeiro. A história do Fluminense não tem preço e eu não vou torcer por uma firma.
As cores grená, verde e branca são um patrimônio cultural inestimável. Quanto vão pagar pela memória do amor de Cartola, de Tom Jobim, de Chico Buarque, de Arthur Moreira Lima? Pelo belíssimo hino de Lamartine? Por uma crônica ou uma simples frase de Nelson Rodrigues?

Se dependesse desses playboys do mercado, nunca teria existido um Fluminense, um Vasco, um Sporte Club do Recife. Esse mundo hiperfinanceirizado vai destruir o futebol antes de esculhambar de vez com o planeta.

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Claudio Carvalho é torcedor e sócio indignado do Fluminense