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Torcida daqui (e de fora) faz bela festa a caminho do Itaquerão

“Nunca imaginei ver tanto gringo de uma vez no Brasil.” As palavras de uma criança ao pai enquanto caminhava para entrar no estádio de Itaquera mostram que o País começa a sentir de forma real nesta quinta-feira a integração de povos prometida em uma Copa do Mundo. A poucas horas da festa de abertura e do jogo entre a Seleção Brasileira e a Croácia, estrangeiros e brasileiros se misturavam nos arredores.

Mesmo sem suas seleções em campo nesta tarde, colombianos e equatorianos aproveitaram a cor amarela de seus uniformes e se misturavam facilmente com o verde e amarelo predominante nas imediações da arena do Corinthians. Mas mesmo bolivianos e peruanos usavam a camisa brasileira, mas marcando posição com as bandeiras de seus países.

Os croatas se sentiam em casa. Os torcedores do adversário da estreia exibiam sua flâmula desde a saída dos hotéis e fizeram questão de colocar algumas na passarela em torno do estádio, marcando território. Logo, se encontraram e formaram ali um reduto, mas faziam questão de chamar brasileiros para confraternização e uma amistosa briga de gritos.

Embora rivais históricos, os argentinos vieram à partida e foram bem-vindos pelos brasileiros, que faziam questão de tirar fotos com eles. Houve até um momento curioso quando um rapaz que vestia verde amarelo gritou que “Neymar é melhor que Messi” e acabou dispersando a união do grupo, apesar de despertar risadas.

A confraternização entre estrangeiros e moradores de Itaquera, principalmente, já existe desde quinta-feira. Cidadãos de outras nações sul-americanas e barulhentos mexicanos fizeram festa com os paulistanos na véspera da partida inaugural do Mundial. Nas regiões com predominância de bares e botecos, estrangeiros de todo o mundo tomaram as ruas pela madrugada.

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