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1° de Maio

Trabalhador tem direito a saúde, escola e casa?

Publicado

Autor/Imagem:
Zé Ramalho (*Texto de abertura de Pretta Abreu)

Por que Queremos Nosso Brasil de Volta? A resposta está em Cidadão, interpretada por Zé Ramalho: para termos transporte, casa, educação, saúde, trabalho… Para que todos tenham cidadania.

O que não podemos é desistir de correr atrás dos nossos objetivos. Faz parte do nosso sangue lutar todos os dias por um futuro melhor, sem sermos subjugados. Lutar por liberdade.

Em homenagem ao 1° de Maio, a série Queremos Nosso Brasil de Volta, uma iniciativa de Notibras, traz, junto com Zé Ramalho, uma reflexão profunda que é a cara do Brasil dos últimos dois anos e quatro meses.

Ninguém, do alto da sua cadeira, pode, com seu negacionismo, imaginar-se Ícaro. É nessas horas que o povo deve fazer as vezes de Dédalo.

Veja a letra a seguir. O vídeo foi reproduzido do Youtube.

‘Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz, desconfiado
Tu ‘tá aí admirado
Ou ‘tá querendo roubar?
Meu domingo ‘tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar o meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio, moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
Pai, vou me matricular
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o Norte?
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
‘Tá vendo aquela igreja, moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asa
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar

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