O Ministério do Trabalho fez, nesta quinta-feira (30), uma operação de combate ao trabalho escravo no garimpo do Lourenço, no Amapá, a 400 quilômetros da capital Macapá. No local da operação, foram encontrados 11 trabalhadores submetidos à situação degradante de trabalho nas frentes de extração de ouro.
Os trabalhadores prestavam serviço de exploração de lavras por intermédio de autorização de uma cooperativa que ficava com uma percentagem do ouro que eles conseguissem extrair das lavras.
Durante a operação, foram encontrados seis trabalhadores que exploravam o garimpo sem as mínimas condições de saúde e segurança, dormindo em barracos de lona ou ao relento, fazendo suas necessidades no mato e preparando a comida em fogões improvisados, sujeitos a intempéries e ataques de animais predadores que circulam no local. Em outra área, mais cinco trabalhadores foram identificados na mesma situação. A fiscalização termina na próxima quinta-feira (7).
De acordo com o Ministério do Trabalho, a cooperativa já foi notificada. A cooperativa e todas as frentes de trabalho serão interditadas pela fiscalização, que vai fazer o resgate de todos os trabalhadores na área do garimpo. Além disso, a Polícia Federal, apreendeu documentos e cumpriu mandados de busca na cooperativa no garimpo do Lourenço.
Em outubro de 2015, a mesma operação foi feita e a fiscalização descobriu que pessoas alheias à cooperativa exploravam a área do garimpo com a colaboração da cooperativa, que permitia apenas que trabalhadores cadastrados explorassem a área determinada e assim repassassem determinado valor para a empresa.