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Treino é treino (3 a 0) jogo é jogo. Dia 17 é para valer

Foto/EstadãoConteúdo

Gabriel Jesus, Neymar, Philippe Coutinho. Três a zero na Áustria, nessa ordem. Esse o resultado do último amistoso do Brasil antes da Copa do Mundo da Rússia, onde a seleção estreia no próximo domingo, 17, contra a Suíça.

Foi um jogo difícil no primeiro tempo, com os austríacos se fechando na defesa, até que um gol em posição duvidosa de Gabriel Jesus permitiu a abertura da porteira.

Mais agressivo no segundo tempo, o Brasil tocou a bola e os gols foram surgindo naturalmente, com exibição de gala de Neymar e de Philippe Coutinho.

Neymar fez excelente primeiro tempo. Procurou a bola, tentou e conseguiu algumas arrancadas, propôs tabelas. Foi marcado com bastante dureza e recebeu várias faltas (seis no total), uma ou outra até com força desproporcional para um amistoso às vésperas da Copa. E era vaiado pela torcida cada vez de ia ao chão.

Acabou se irritando, reclamou com o juiz húngaro Victor Kassai e também com alguns adversários, ao fim do primeiro tempo.

Mas o craque do time mostrou desenvoltura que nem parecia que está apenas na sua segunda partida depois longo período de inatividade. Foi um dos pontos altos do time, ao lado de Coutinho, Marcelo, Casemiro e Gabriel Jesus.

O Brasil só tomou sustos quando bobeou e permitiu aos austríacos ameaçarem Alisson. Não que os europeus não tentassem atacar em algumas ocasiões, mas a marcação alta do Brasil levou vantagem na maioria das vezes.

Aos 7 minutos, Casemiro quase fez seu primeiro gol com uma chute de fora da área que passou perto do gol de Lindner. Aos 17, Neymar tentou de fora da área, mas pegou fraco na bola e o goleiro defendeu facilmente.

Então, a defesa brasileira teve alguns minutos de pouca inspiração. Perdeu bolas bobas, errou posicionamento e a Suíça chegou três vezes. Em uma delas, aos 21, Lainer tocou para Arnautovic, que chutou acossado e a bola foi por cima do gol de Alisson.

Mas o Brasil logo retomaria o controle das ações. Aos 24, Coutinho, em mais um chute da entrada da área, obrigou Lindner a praticar grande defesa, colocando a bola para escanteio.

Aos 33, Thiago Silva quase marcou de cabeça após um escanteio. Paulinho teve chance a seguir e, aos 35, não teve jeito. Após cobrança de escanteio, Marcelo pegou o rebote, a bola bateu em um zagueiro e sobrou na esquerda da Gabriel Jesus dominar, invadir e, diante do goleiro, tocar com categoria, tirando a bola de Lindner. Foi o 10º gol de Gabriel Jesus em 17 jogos com a camisa da seleção. O domínio do Brasil se transformava justamente em vantagem do placar.

Na etapa final, o técnico austríaco colocou seu time mais à frente, adiantou a marcação e com isso o jogo ficou o Brasil teve um pouco mais de dificuldade nos primeiros minutos. E a Áustria continuou batendo, o que levou os brasileiros a se revoltarem. Houve até uma discussão, com vários jogadores indo para cima de Schopf após falta em Coutinho. Menos mal que logo depois o austríaco foi substituído, mesmo porque havia o risco de ser expulso.

Tite, então, começou a fazer novas experiências, colocando Fernandinho no lugar de Casemiro. Também colocou Marquinhos em campo, tirando Thiago Silva – contra a Croácia sacou Miranda.

O Brasil voltava a ter um controle mais visível da partida, quando apareceu de novo o talento de Neymar. Ele marcou o segundo golaço nesta sua volta, ao receber na área, dar um drible desconcertante que deixou Dragovic caído e mandar para as redes com um toque sutil, aos 17 minutos.

Até teve austríaco que tentou vaiar Neymar, após ele marcar seu 55º gol com a camisa da seleção – está a um gol de Romário, de acordo com a CBF. Mas a maior parte do estádio optou por outra alternativa: aplaudir.

Depois disso foi só festa. Paulinho ainda teve uma grande chance antes de Philippe Coutinho fazer o terceiro, numa penetração pela esquerda, aos 23 minutos.

A seleção ainda poderia ter ampliado, chegou duas vezes tocando passes à frente do goleiro austríaco, mandou bola na trave. Quando a Áustria criou alguma coisa, Alisson saiu-se bem.

E Neymar, após jogar 83 minutos e dar um abraço em Tite depois de ser substituído Douglas Costa, mostrou que está pronto para liderar o Brasil em campo na luta pelo hexa. A Áustria, que havia superado a Alemanha em amistoso na semana passada, vinha de sete vitórias seguidas e estava invicta há oito partidas.

 

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