Hospital de Base
Tribunal coloca Saúde contra parede com alta de furtos
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emO Tribunal de Contas do Distrito Federal deu um prazo de 15 dias para que o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) apresente esclarecimentos sobre supostos furtos recorrentes em unidades administradas pelo IGESDF. O instituto também deve informar quais medidas preventivas vem tomando para impedir essas ocorrências. A empresa Visa Segurança Privada Ltda, que presta serviços de vigilância ostensiva armada e desarmada para o IGESDF, também deve se manifestar.
De acordo com uma representação em análise no TCDF, um aparelho de colonoscopia e três duodenoscópios, instrumentos destinados à visualização do interior do duodeno, teriam sido furtados no Hospital de Base do DF. Conforme apura a Corte de Contas, há possíveis falhas no controle de acesso e segurança da sala onde os dispositivos estariam armazenados; ausência de controle de uso; falta de chaves na porta da sala desses equipamentos.
Por meio de manifestação da Gerência Operacional, o IGESDF reconheceu que não existe trancas nas salas onde ficam os equipamentos e medicamentos. Também afirmou que não é executada revista visual nas unidades de saúde sob responsabilidade do instituto. O órgão ainda reconhece a necessidade de maior controle de estoque. Segundo o documento da unidade, são comuns relatos de furtos em unidades do IGESDF, a exemplo de uma bomba de infusão e de enxovais alugados. Em levantamento considerando apenas o período de dezembro de 2021 a maio de 2022, o IGESDF teve um prejuízo de R$ 97.864,37 para indenizar a empresa responsável pelo fornecimento dos enxovais que sumiram em unidades de pronto atendimento.
Já a Coordenação de Corregedoria do instituto confirma que já foram recebidas denúncias de furto de medicamentos, de equipamentos, de computadores e de insumos hospitalares.
Atualmente, o IGESDF faz a gestão do Hospital de Base e do Hospital Regional de Santa Maria, além das unidades de pronto atendimento (UPAs) de Brazlândia, de Ceilândia, do Gama, do Núcleo Bandeirante, do Paranoá, de Planaltina, do Recanto das Emas, do Riacho Fundo II, de Samambaia, de São Sebastião, de Sobradinho e de Vicente Pires.
De acordo com as apurações em curso no Tribunal de Contas, o furto de equipamentos e medicamentos nas imediações hospitalares das unidades administradas pelo IGESDF não são casos isolados e as medidas tomadas não têm sido suficientes para sanar a situação. Por esse motivo, o Plenário da Corte acolheu, por unanimidade, o voto do relator para solicitar manifestação do IGESDF no prazo de 15 dias. A decisão ocorreu na sessão plenária da última quarta-feira, dia 18 de outubro (Processo nº 00600-00013009/2023-15-e).