A Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social divulgou nesta terça 13 os índices de criminalidade de 2013 e 2014. Os dados, que traçam a variação no número de homicídios, roubos, furtos e outros delitos, já estão sendo estudados e servirão para aumentar a análise e o planejamento da segurança pública dentro do programa Pacto pela Vida, que teve início com a reestruturação da secretaria, há duas semanas.
De acordo com o secretário de Segurança Pública e da Paz Social, Arthur Trindade, a divulgação dos índices será periódico, com data e conteúdo definidos. O levantamento deve ser mensal. “A secretaria está criando uma subsecretaria de Gestão da Informação, para que a gente tenha informações mais precisas e úteis para o planejamento das ações da segurança pública. Analisando melhor os dados e planejando as ações baseando-se em informações precisas e confiáveis, nós pretendemos dar maior efetividade às ações da polícia, concentrando essas ações em algumas ocorrências mais graves e mais preocupantes no cotidiano do brasiliense”, disse.
A subsecretaria de Gestão da Informação cuidará do controle e produção de análises criminais e estatísticas, além de identificar dia, hora e locais com maior incidência criminal. Atualmente, segundo o secretário, dez pessoas são responsáveis por esse trabalho. O número de funcionários, com a criação do novo setor, deve saltar para 38.
O secretário ainda anunciou a reestruturação do Centro Integrado de Atendimento e Despacho (CIADE), que responde pelos números de denúncia, com o aumento considerável da quantidade de operadores. “Atualmente, a gente consegue atender aos padrões mínimos da demanda. Ainda não estamos em nível crítico, mas isso não é o suficiente”.
Os homicídios tiveram queda de 2,7% de 2013 para 2014, passando de 707 para 688. No entanto, os índices de roubo de veículos e a transeuntes, por exemplo, tiveram aumento de 61,9%, o primeiro com 2.910 ocorrências a mais (4.214 em 2013 e 7.124 em 2014) e o segundo com alta de 12.082 no número de casos (19.533 em 2013 e 31.615 em 2014).
As cidades com mais registros de homicídios são Ceilândia (137), Samambaia (65) e Planaltina (61), regiões que aparecem como topo em praticamente todas as tipificações divulgadas pela secretaria. Para combater essa realidade, segundo o secretário, “a política a ser implementada é olhar diferente para as regiões com base nas informações e na análise bem feita. Cada uma das regiões integradas de segurança pública terá metas e indicadores específicos. Nas regiões mais afetadas, por exemplo, por crimes contra coletivos, teremos metas e desempenhos para roubos a coletivo, nas áreas onde há mais homicídios, metas e desempenhos contra homicídios”, concluiu Trindade.
Mariana Damaceno, Agência Brasília