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Troca de tapas marca nova sessão do Conselho de Ética para a cassação de Cunha

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Daiene Cardoso e Daniel Carvalho

Os deputados Zé Geraldo (PT-PA) e Wellington Roberto (PR-PB) trocaram tapas na sessão do Conselho de Ética e tiveram de ser apartados por colegas e seguranças da Câmara dos Deputados. A discussão começou quando Wellington disse que a votação no colegiado de um projeto de resolução pedindo a retirada do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo era golpe. A discussão contagiou o plenário e os deputados se agrediram.

“Você mete a mão em mim. Me respeite. O senhor chamou de moleque todo mundo aqui, de turma do Cunha. Quem tem turma é ladrão”, esbravejou Wellington. “Fale o que quiser. Aceito tudo, menos você me tocar”, gritou o petista. “Macho nenhum vai tocar em mim”, reagiu aos gritos Wellington Roberto. Mais calmo, Zé Geraldo mudou de lugar.

O início da sessão já foi marcado por discussão da tropa de choque de Cunha com o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA). O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), suplente do colegiado, questionou a demora da abertura do painel para marcação de presença e cobrou uma atitude de Araújo.

Falando em “situação atípica”, o novo relator disse que vai atuar de forma a preservar juridicamente o processo e enfatizou que terá “cuidado com as regras”. “Não atuarei com açodamento e com procrastinação”, declarou.

O parecer prévio de Rogério será apresentado na próxima semana. “Apresentarei apenas de maneira formal o meu relatório na próxima terça-feira. Não o faço neste momento pela cautela que me é imposta e pelas regras atinentes ao processo”, destacou.

Rogério sinalizou que não mudará sua opinião sobre a admissibilidade do processo. “Tenho juízo preliminar formado sobre esta matéria. Não avançarei um milímetro em aspectos meritórios desta matéria”, ponderou.

O novo relator destacou que discorda da decisão do vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA) que retirou Pinato da relatoria e afirmou que o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), agiu ontem com cautela para preservar o processo. Há pouco, Araújo informou ao colegiado que está recorrendo da decisão de Maranhão e teve o apoio do líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), que afirmou que está recorrendo também à Procuradoria Geral da República contra as “manobras absurdas e inaceitáveis” do peemedebista.

“Enquanto o deputado Eduardo Cunha estiver na presidência da Casa, vai usar toda a força que tem, todo os artifícios para impedir o andamento do processo contra ele. Vamos à Procuradoria contra essas manobras inaceitáveis que vêm acontecendo”, disse Molon.

Coube ao deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) atacar o comportamento de Araújo. Na avaliação do peemedebista, Araújo é o responsável pela procrastinação do processo porque tem sido “descumpridor contumaz do regimento”.

Briga – Mais calmo, o deputado Zé Geraldo (PT-PA) pediu desculpas ao plenário pela briga que teve nesta manhã com o colega Wellington Roberto (PR-PB). Os deputados trocaram tapas na sessão do Conselho de Ética e tiveram de ser apartados por colegas e seguranças da Câmara. “O que está acontecendo aqui é vergonha pura”, lamentou o petista.

estadao

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