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Trompete, trombonone, sax… instrumentos de sopro dão o tom nas ruas de São Paulo

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Camila Boehm

Trompetes, trombones, saxofones e outros instrumentos de sopro integram o coro do Espetacular Bloco da Charanga do França, organizado pelo saxofonista Thiago França, que nesta segunda, 8, animaram as ruas do Bairro de Santa Cecília, região central da capital paulista.

“Temos uma banda, a Espetacular Charanga do França, que já tem três anos e fazia uma brincadeira no pré-carnaval. Mas deu certo. A resposta da galera nos shows foi boa e a banda continuou. Gravamos um disco e as pessoas começaram a falar que seria legal se isso se transformasse em um bloco”, informou Thiago sobre o início do bloco.

De acordo com o organizador, em janeiro de 2015 o grupo fez o estandarte e camisetas do bloco e tudo aconteceu de forma espontânea. A banda serviu de núcleo, mas quem mais quisesse participar, tocando algum instrumento ou curtindo a música, foi muito bem-vindo.

O folião Gabriel Portela, 28, veio de Brasília aproveitar a festa paulistana e não se arrependeu. “A Charanga do França é um bloco que vem se consolidando na cidade. Tem uma questão musical que me atrai. Curto a banda e já conhecia o trabalho deles. Além disso, o carnaval de São Paulo vem ganhando corpo de alguns anos pra cá. Políticas públicas têm apoiado o carnaval daqui e tem tudo para se tornar um dos maiores do Brasil”, acrescentou Gabriel.

Segundo Gabriel, a folia paulistana se tornou atrativa. “Não é mais aquele carnaval em que o paulista só quer sair da cidade, ir para o Rio de Janeiro ou para Salvador. Acho que São Paulo já tem um carnaval de rua consolidado. Transformou-se em opção de folia do carnaval.”

Aproveitando a festa com um grupo de amigos, Ana Paula Rezende, 26, também já conhecia a banda e foi até o bloco por causa das boas referências. “Alguns amigos vieram no ano passado e disseram que foi sensacional e resolvi vir também.” Ela vê vantagens em acompanhar a festa nas ruas da capital paulista. “O carnaval de rua é muito melhor do que com abadá pago. Muito melhor do que ter de sair de São Paulo para fazer algo legal. Está sendo muito bom”.

Este é o primeiro bloco de rua que Diego Silveira, 29, curte neste ano. Ele afirmou que sempre gosta da folia. “Acho que tem de ter cada vez mais [blocos] e se apropriar cada vez mais da rua”.

Sobre curtir o carnaval em outras cidades, ele disse que gosta de viajar, mas não perde nada quando fica em São Paulo. “Aqui me proporciona o que eu quiser. A missão [do carnaval de rua paulistano] está bem cumprida.”

Agência Brasil

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