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Tropas americanas vão ‘combater tráfico’ no Equador

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Gustavo Manrique Miranda, anunciou que as forças dos EUA foram autorizadas a realizar operações militares no território e nas águas do país, a fim de combater a pesca ilegal, o tráfico de pessoas e drogas e o contrabando de combustível.

“Não é que [os EUA] vão enviar as suas tropas, mas sim que vão entrar por curtos períodos de tempo, realizar operações e partir”, disse o ministro em conferência de imprensa em Quito, comentando os acordos assinados pelo presidente Guillermo Lasso durante sua recente visita a Washington.

“As autoridades equatorianas também serão destacadas em navios estrangeiros para que a soberania não seja perdida e para garantir que sejam as nossas autoridades quem tomam as principais decisões relativas às operações”, frisou.

O ministro acrescentou que outro acordo assinado fornece uma base legal para a movimentação de autoridades e tropas norte-americanas através do território do Equador.

As autoridades americanas e equatorianas disseram anteriormente que os acordos assinados durante a visita de Lasso visam reforçar a cooperação na luta contra a pesca ilegal e o tráfico de drogas.

O presidente equatoriano disse que estas operações seriam realizadas contra embarcações suspeitas ou apátridas ou consideradas apátridas.

Adam Isacson, que chefia a supervisão da defesa em relação aos assuntos da América Latina, explicou que as autoridades estavam procurando “restabelecer” uma espécie de quartel-general na base de Manta, de onde os EUA retiraram suas forças em 2009.

Os militares dos EUA foram ordenados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros a cessar a utilização da base de Manta para voos antidrogas, uma vez que o seu contrato de arrendamento de 10 anos expirou em 2009 e o governo Correa não estava decidido a renovar o contrato.

Na época, cerca de 300 soldados norte-americanos estariam estacionados na base. Embora o Equador não seja considerado um grande estado de tráfico de drogas nas Américas, é frequentemente usado como país de trânsito por contrabandistas.

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