Trump joga balde de água fria no clima de paz entre Coreias

Em meio a um descongelamento nas relações entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas sanções contra 56 navios, entidades comerciais e companhias de navegação “que visam maximizar a pressão sobre Pyongyang pelo desenvolvimento contínuo de armas nucleares e mísseis balísticos”, reagiu o comando daquele país comunista.

A Coréia do Norte condenou as novas sanções dos EUA como uma tentativa de minar a melhoria nas relações entre as duas Coreias. Segundo a agência estatal de notícias KCNA, as armas nucleares de Pyongyang visam prevenir ameaças e jamais seriam empregadas em um ataque unilateral.

“As duas Coreias cooperaram juntas e as Olimpíadas foram realizadas com sucesso, mas os EUA trouxeram a ameaça de guerra para a península coreana com novas e graves sanções de grande escala antes da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos”, disseram os meios diplomáticos norte-coreanos a partir do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

De acordo com a agência de notícias, Pyongyang considerará uma imposição de um bloqueio marítimo por Washington como um ato de guerra. “Não vamos nos amedrontar. Veremos se os EUA realmente têm nervos para nos enfrentar”, reagiu o regime de Kim Jong-Un.

A declaração da Coréia do Norte vem depois de, na sexta-feira, os EUA anunciarem o “maior” conjunto de sanções contra Pyongyang. O presidente Donald Trump advertiu que, se a última rodada de sanções impostas a Pyongyang não conseguir os efeitos desejados de Washington, os EUA irão para a “segunda fase”.

Um novo lote de sanções foi imposto no meio da flexibilização das tensões na península coreana, já que as duas Coreias concordaram em realizar uma cúpula e a RPDC enviou sua delegação e atletas para os Jogos Olímpicos de Inverno, em andamento.