Falta de mão-de-obra
Trump libera emissão de passaportes para estrangeiros
Publicado
emPedro Nascimento, Edição
Em julho os Estados Unidos ampliaram em 15 mil os vistos H2-B, voltados a empregados temporários, em razão da falta de trabalhadores para essas posições que exigem baixa qualificação. O anúncio desperta a atenção por partir de Donald Trump, que defende a bandeira da imigração legal, considerada por muitos como uma política anti-imigração.
O H2-B é um visto temporário que permite que empresas americanas contratem estrangeiros especializados, mas com baixa qualificação, para suprir uma necessidade momentânea e tem duração máxima de um ano As organizações interessadas devem solicitar autorização da imigração dos EUA e comprovar que, sem os imigrantes, seus negócios correm riscos por não existirem americanos aptos ou interessados em atuar em determinadas posições.
Segundo Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Migratório da Loyalty Miami, que realiza esse tipo de solicitação de visto, as vagas são para setores onde não há quantidade suficiente de candidatos capacitados ou interessados em atuar nas áreas nos EUA, além disso esses trabalhadores devem receber salários equivalentes aos de um cidadão americano.
“Há algumas regras no visto H2-B, como por exemplo, de que o trabalho não pode ser voltado para a agricultura. É uma necessidade que a mão de obra seja temporária, ou seja, ser o visto for permanente, ele não é concedido”, explica.
Existe ainda o visto H1-B, que exige mais qualificação do profissional. A área de tecnologia é a que mais contrata, seguida pelos setores de construção civil e serviços. Um advogado brasileiro por exemplo poderia ser contratado para trabalhar como tradutor de documentos jurídicos para português e aplicar para o visto H2-B.
Se o profissional tiver especialização em Direito Internacional e experiências anteriores na função, ele se qualifica como H1-B. A medida representa um aumento de quase 23% no número de emissões de H2-B, que terão seu limite aumentado para 81 mil solicitações em 2017.