Fim das arestas
Trump se curva a Pequim e assume que há uma só China
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O presidente dos EUA, Donald Trump, baixou o tom e garantiu ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, que os Estados Unidos vão honrar a política de “uma só China”. As informações foram divulgadas pela Casa Branca no fim da noite de quinta-feira.
A política de “uma só China” é um reconhecimento diplomático do posicionamento de Pequim de que existe apenas uma China no mundo e Taiwan faz parte dela. Sob esse acordo, firmado em 1979 pelo então presidente Jimmy Carter, os EUA mantêm laços diplomáticos com Pequim, em vez de mantê-los com Taiwan, considerada pelos chineses uma província rebelde a ser reunificada um dia ao continente.
Durante as eleições, Trump admitiu estar aberto à negociação deste princípio diplomático, o que gerou críticas em Pequim.
As declarações foram feitas em ligação telefônica do presidente norte-americano ao chinês e se dão em meio a uma série de transtornos diplomáticos de Trump com políticos mundiais, como o presidente do México, Enrique Peña Nieto, e o primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull. Também foi o primeiro contato dos líderes das duas maiores economias do planeta desde a eleição do republicano à Casa Branca, em novembro.
Trump e Xi Jinping concordaram ainda, de acordo com comunicado da Casa Branca, marcar em breve visitas diplomáticas.
Segundo a CCTV, emissora estatal chinesa, Xi Jinping elogiou a conversa com Trump e saudou a adesão do governo norte-americano ao princípio de ‘uma só China’.
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