Notibras

TSE pode até livrar Temer, mas o fim dele está próximo

Situação do presidente é cada vez mais delicada. FotoiArquivo Notibras

Cláudio Coletti

A classe política nacional está em pânico, abalando os alicerces da Republica. O Brasil vive hoje o que é considerada a mais grave crise política de sua história. Suas principais lideranças estão na iminência de irem para a cadeia, por envolvimento em esquemas de corrupção, mais precisamente de recebimento de propinas bilionárias oriundas de roubalheiras ocorridas em empresas públicas nacionais, com destaque para a Petrobras.

Puxando o rol de mal intencionados estão o presidente Michel Temer, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, o senador tucano Aécio Neves e o ex-todo poderoso ministro Antônio Palocci.

Contra o presidente Michel Temer pesam as delações do dono da JBS, Joesley Batista. Ele revelou que o presidente fez acordo para receber propina, no valor de R$ 20 bilhões, em troca de favores e vantagens do governo para seu grupo considerado o maior do Brasil no ramo da alimentação, e um dos maiores do mundo. Uma das facilidades seria na importação de gás da Bolívia. Outra seria menos exigência nas decisões do CADE.

Após essas delações o presidente está sendo investigada pelo Supremo Tribunal Federal por crimes de corrupção, obstrução de justiça e organização criminosa. Teve que responder 82 perguntas elaboradas pela Policia Federal.

O desfecho desse processo não acontecerá antes de um ano. Outro processo que poderia afastar Temer do governo é via impeachment pelo Congresso Nacional. Também uma solução muito complicada e demorada. Renúncia ele diz que não faz parte do seu vocabulário. A solução mais rápida seria através do Tribunal Superior Eleitoral.

Seu desfecho deverá acontecer até sábado, portanto, hoje. Os debates ocorridos nas sessões do TSE nas terça e quarta-feiras, e na manha desta quinta-feira- momento em que redigímos esta coluna- sinalizavam para um solução tipo “Ruim com Temer, pior sem ele”.

Essa sinalização foi comemorada pelo presidente Temer, levando-o afirmar: “Vou governar o Brasil até o último dia do meu mandato, no dia 31 de dezembro de 2018”. Se realmente, a decisão do TSE lhe for favorável, o presidente vai retomar as negociações no Congresso para a conclusão das votações das reformas trabalhista e previdenciária. Essa aprovação acontecendo, Temer está certo que outras crises que virão pela frente ele superará com tranquilidade.

Michel Temer tem pela frente uma outra situação com muito desconforto. Está preso o ex-deputado federal Rocha Loures, que ele indicou como seu representante, junto ao grupo JBS. Foi filmado pela Polícia Federal recebendo, numa pizzaria em São Paulo, uma mala de dinheiro com R$ 500 mil, supostamente a primeira parcela da propina de R$ 2 milhões, que seria destinada ao presidente Michel Temer.

O temor do Palácio do Planalto é que Loures, pressionado por sua família, faça acordo de delação, e revele toda a história do acordo entre Temer e JBS. Aí, então, a situação de Michel Temer poderá se complicar de tal forma, que a única solução seria a sua saída do governo.

Sair da versão mobile