No Tribunal Superior Eleitoral os seus sete ministros estão com disposição de resolver todos os questionamentos relativos a inelegibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes da sexta-feira, 31, quando começa o programa da propaganda eleitoral gratuita na televisão e no rádio. Isso para tentar evitar que Lula apareça nos primeiros desse programa, o que criará uma grande confusão entre os eleitores e no cenário da sucessão presidencial.
Na quarta-feira (22) encerrou o prazo para apresentação de contestação ao registro do candidato do PT. Dez foram as ações protocoladas no TSE, com destaque para o da Procuradoria-Geral da República. Todas as contestações apresentam o mesmo argumento: Lula está inelegível por não atender as exigências da Lei da Ficha Limpa. Contra ele pesa a condenação, em segunda instancia, a 12 anos e um mês de cadeia, em regime fechado, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá.
A defesa de Lula terá prazo de sete dias para contestar os recursos contra o ex-presidente. O relator desse processo é o ministro Luís Roberto Barroso, escolhido por sorteio. Sua decisão poderá ser monocrática ou submetida à apreciação do plenário do TSE. Essa escolha é sua. Mas já se sabe que o ministro Barroso vai declarar a inelegibilidade de Lula, aceitando o argumento de que ele e punido pela Lei da Ficha Limpa.
Adotada essa decisão, Lula será impedido de tocar pra frente sua campanha eleitoral. Mas ele, mesmo assim, recorrerá ao Supremo Tribunal Federal, sabendo que o dia 17 de setembro é o último dia para o PT indicar o seu substituto na corrida presidencial. O candidato à vice de Lula é o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que já está percorrendo o país para torna-se mais conhecido. A companheira de chapa de Haddad será a deputada gaúcha Manoela d’Avilla, do PCdoB. Lula atá 17 de setembro, mesmo preso em Curitiba, continuará martelando no bordão de que está sendo vítima dos juízes da Lava-Jato.