O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, anunciou sua renúncia publicamente na tarde desta quinta-feira (20). Em discurso em rede nacional de TV, ele disse que a fase difícil de negociações está finalmente encerrada e que ele tem “obrigação moral” de colocar o que fez em julgamento.
“O mandato que recebi em 25 de janeiro chegou ao limite; agora, o povo deve decidir por um novo”, disse, após sete meses no poder.
A decisão abre caminho para convocar eleições antecipadas. Tsipras entregou o pedido de renúncia seu e de seu gabinete ao presidente grego, Prokopis Pavlopoulos, e pediu eleições “o mais rápido possível”. “A meta é realizar eleições em 20 de setembro”, disse mais cedo uma fonte do governo.
“O presente Parlamento não pode oferecer um governo de maioria ou um governo de unidade nacionais”, disse o premiê ao presidente, durante reunião.
É possível que, nas eleições antecipadas, Tsipras acabe sendo reeleito e retorne ao poder em uma posição mais forte, sem o peso de opositores dentro do próprio partido.
A decisão, no entanto, aprofunda a incerteza política no mesmo dia em que a Grécia começou a receber os recursos de seu terceiro programa de resgate. Ontem, a zona do euro aprovou o pagamento da primeira parcela desse novo pacote, no valor de 26 bilhões de euros.