Voltou a reinar a harmonia no “ninho dos tucanos”. O senador cearense Tasso Jereissati e o governador de Goiás, Marcone Perillo, abdicaram de suas candidaturas à presidência nacional do PSDB e passaram a apoiar o governador Geraldo Alckmin. Essa decisão sinaliza que o nome do governador de São Paulo será aclamado como candidato da legenda à corrida presidencial de 2018, na convenção nacional que será realizada em Brasília, no sábado, dia 9 de dezembro.
O armistício foi selado num jantar no Palácio dos Bandeirantes, com a presença de Tasso, Perillo, Alckmin e o ex-presidente FHC, foi responsável pela articulação politica que culminou com o fim da crise no PSDB.
Na convenção do próximo sábado, os tucanos deverão decidir pelo afastamento do partido do governo Michel Temer.
Mas, ao mesmo tempo, deverão aprovar resolução no Sentido do PSDB continuar dando apoio às propostas do governo que visam o ajuste das contas públicas e a retomada do crescimento de nossa economia. Essa decisão poderá representar uma janela aberta para entendimento futuro para o PMDB apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin.
Ainda na convenção, os tucanos vão aprovar uma ampla reformulação no programa do PSDB. Os debates serão feitos a partir do documento elaborado pelo Instituto Teotônio Vilela, sob o título de “O Brasil que Queremos”.
Esse texto foi produzido por lideranças partidárias, especialistas e colaboradores. Em síntese, os objetivos estratégicos do novo PSDB são: retomada do crescimento; combate à pobreza e às desigualdades; oferta de oportunidades iguais para todos; fim dos privilégios consolidados por décadas, prestação de serviços públicos adequados, a começar pela educação, saúde e segurança; fortalecimento da federação; e promoção do desenvolvimento regional.
O secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres, afirmou que a renovação programática do PSDB será resultado do que “a sociedade deseja. O partido vai no sentido da unidade e de uma sintonia sustentada com os cidadãos”.