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Tucanos do DF lavam roupa suja de olho no comando da legenda

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O tucanato do Distrito Federal prepara-se para a eleição em seu diretório local. A expectativa é de que realmente haja eleição, o que por sua vez quebrará o histórico de intervenções no partido.  Se tudo caminhar de maneira natural, no dia 28 de março será conhecido o nome do novo presidente da sigla, que terá por principal missão resgatar a identidade da legenda, perdida, segundo João Zismann, do blog Politiques.com, ao longo das intermináveis disputas internas.

O saldo das eleições de 2010 foi extremamente negativo para o partido no DF, diz o blogueiro, na medida em que não conseguiu eleger nenhum deputado federal. Apesar de sair com um único deputado distrital eleito, Washington Mesquita, o partido ficou completamente a reboque de todo processo político local, sem qualquer tribuna para acompanhar a oposição que o partido fazia nacionalmente ao governo petista e principalmente a nível local. Mesquita aderiu rapidamente à base de apoio ao governo e depois aproveitou a “janela” partidária para se transferir para o PSD de Gilberto Kassab.

Nem mesmo a volta do deputado federal Izalci Lucas, nem o ingresso do deputado Luiz Pitiman foram suficientes para unificar o partido. Os dois, segundo o Politiques, receberam promessas da executiva nacional de que seriam “Chefes” regionais da sigla e consequentemente candidatos ao Palácio do Buriti. No entanto, a briga de egos travada entre os dois, contribuiu ainda mais para tensionar o ambiente partidário.

– O resultado dessa disputa interna é conhecido por todos. Salomnicamente, ou se preferirem, tucanamente, a direção nacional do partido resolveu por intervir mais uma vez no âmbito local, nomeando o ex-ministro Eduardo Jorge como “interventor” e grande fiador da fracassada candidatura de Luiz Pitiman ao governo do Distrito Federal, lembra Zismann.

Apesar do pífio desempenho eleitoral da chapa majoritária tucana já em 2014, é fato que o PSDB saiu das eleições um pouco mais organizado. Em que pese ter perdido uma cadeira na Câmara Federal com a saída de Pitiman, o partido manteve Izalci como federal e elegeu Raimundo Ribeiro como deputado distrital.

Na avaliação de João Zismann, o contexto político em que o PSDB-DF está inserido atualmente lhe é favorável. Entretanto, essa condição não pode ser traduzida como resultado de uma ação da unidade partidária, mas fundamentalmente pelo bom trânsito com que poucos integrantes do partido mantêm com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que por sua vez, vem buscando na sigla tucana, o que lhe é escasso: quadros técnicos e políticos com experiência  para ocupar funções de relevância no governo.

A eleição do novo diretório local será uma grande oportunidade para que o PSDB se unifique, se firmando, de fato, como uma alternativa eleitoral. Para tanto, os pré-candidatos a presidência, Márcio Machado, Izalci Lucas e Raimundo Ribeiro, devem encarar uma eventual disputa como um processo natural, talvez até mesmo necessário. Porém, conclui o Politiquês, vale a pena lembrá-los do velho ditado popular: “Roupa suja se lava em casa”.

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