Turma do bem fica de mal com Agnelo e cai nos braços de Frejat
A derrocada da candidatura de Agnelo Queiroz (PT), que tenta a reeleição ao Palácio do Buriti, começa a ser sentida nos partidos coligados. O primeiro a abandonar o barco foi o PRP, de Adalberto Monteiro. Ele é presidente licenciado da Fundação de Amparo ao Preso e concorre a uma vaga na Câmara dos Deputados..
Adalberto, tio de Cláudio Monteiro, que acaba de ser alçado à condição de secretário do Turismo após construir o Estádio Mané Garrincha a um custo estimado de 1 bilhão 600 milhões de reais, decidiu entregar o cargo nesta quarta 17.
Milhares de funções comissionadas confiadas ao PRP e seus correligionários também estão em aberto desde já.
O partido de Adalberto Monteiro decidiu correr para os braços de Jofran Frejat (PR), que substituiu José Roberto Arruda na corrida ao Buriti. A nível nacional, a legenda vai apoiar, ao menos em Brasília, a candidatura de Marina Silva (PSB) para a Presidência da República.
A decisão de Adalberto Monteiro promete ter reflexo imediato em outras legendas que temem o fracasso da coligação encabeçada pelo PT e PMDB. “Ninguém acredita mais no Agnelo. A candidatura dele morreu”, disse o presidente regional do PRP.
O deputado Agaciel Maia (PTC) tem mantido conversas com os grupos de Arruda, Joaquim Roriz e Luis Estevão, uma espécie de avalistas da candidatura de Frejat. A expectativa é a de que Agaciel abrace a candidatura do PR nas próximas horas.
Na eventualidade de o PTC mudar de lado, como fez a legenda de Adalberto Monteiro, será seguido pelo PEN, comandado em Brasília pelo deputado Alírio Neto, ex-secretário da Justiça de Agnelo. Juntos, esses três partidos representam algo em torno de 12% do eleitorado da capital da República. O suficiente para afundar de vez a nau sem rumo do PT.
Karla Maranhão
