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Turquia manifesta disposição em deixar área ocupada na Síria

Foto/Sputniknews

O exército turco se retirará da região de Afrin, na Síria, depois que um acordo político no país for alcançado, disse o vice-primeiro-ministro da Turquia, Bekir Bozdag, nesta terça, 10 “Não viemos como ocupantes e não vamos ficar, respeitando a integridade territorial da Síria. Nós limpamos Afrin de terroristas; nossas forças continuam limpando minas lá. Há um vácuo de poder na Síria agora, existem forças diferentes, e isso precisa acabar”, disse.

Segundo o vice-premiê turco, seu governo vai fornecer energia para os moradores de Afrin, “que irão normalizar suas próprias vidas. Por enquanto, é importante encontrar uma solução política para a crise e, assim que for encontrada, sairemos do país”.

No início desta semana, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, expressou sua esperança de que Ancara entregasse Afrin para o controle do governo sírio.

“O presidente [turco] [Recep Tayyip] Erdogan nunca disse que a Turquia quer ocupar Síria. Nós sempre procedemos do fato de que a maneira mais fácil de normalizar a situação em Afrin, agora que os representantes turcos dizem que os principais objetivos que eles estabeleceram lá foram alcançados, seria devolver o território sob seu controle ao governo sírio ”, disse Lavrov.

Forças iraquianas curdas participam de uma operação apoiada por forças lideradas pelos EUA na periferia da cidade de Sinjar, no norte do Iraque, em 12 de novembro de 2015, para retomar a cidade do grupo do Estado Islâmico e cortar uma importante linha de suprimentos para a Síria

No mês passado, as Forças Armadas da Turquia estabeleceram controle total sobre Afrin, tendo, segundo relatos, liberado a área de terroristas.

Em 20 de janeiro, Ancara lançou a Operação Olive Branch no distrito de Afrin, na Síria, a fim de limpar a fronteira do que descreveu como “exército terrorista”. A ofensiva militar começou como uma resposta à decisão dos EUA de começar a treinar 30 mil pessoas. Forças democráticas sírias, formadas por forças de segurança fronteiriças fortes, compunham a milícia das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), que Ancara acredita ser ligada ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), listada como uma organização terrorista pela Turquia.

A operação atraiu forte condenação de Damasco, que descreveu a ofensiva de Ancara como uma “violação da soberania da Síria”. A Turquia, em resposta, insistiu que as forças turcas visavam apenas terroristas e não atacariam o exército do governo.

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