A Ucrânia receberá um plano de ação para ingressar na Otan na próxima cúpula da aliança em Vilnius. Tudo dependerá, porém, do fim da guerra com a Rússia, disse o porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano Volodymyr Gavrilov.
Volodymyr Gavrilov observou que na cúpula de julho, os países da Otan “concordarão com um determinado procedimento para nossa adesão, que será formalizado”.
Gavrilov disse ainda que, apesar da tomada de decisão consensual e do poder de veto dos membros da aliança, não haverá “grandes problemas” para a adesão da Ucrânia, acrescentando que o país “vai conseguir o que quer num determinado formato”.
“Já agora, na cúpula de Vilnius, a Ucrânia deve entender que depois da guerra, digamos, dentro de um ano ou dois, depois de certos procedimentos serem realizados, nos tornaremos membros da Otan”, pontuou.
Em maio, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que estava claro que a Ucrânia não se juntaria à Otan até que o conflito terminasse, mas o país esperava receber um convite de seus aliados ocidentais para se juntar à aliança o mais rápido possível.
No mês passado, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a Ucrânia acabaria se juntando ao bloco, já que todos os membros apoiavam suas ambições. No entanto, a ideia foi rejeitada pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.
Em setembro de 2022, Zelensky anunciou que a Ucrânia se candidataria a adesão acelerada à OTAN. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou está monitorando de perto a situação, lembrando que a orientação de Kiev para a aliança foi uma das razões para o início da operação militar da Rússia na Ucrânia no ano passado .