O presidente russo, Vladimir Putin, chamou a atenção do chanceler alemão Olaf Scholz para os ataques com foguetes dos militares ucranianos das cidades de Donetsk e Makeevka durante uma ligação telefônica na sexta-feira, afirmou o serviço de imprensa do Kremlin. O presidente enfatizou que esses ataques equivalem a “crimes de guerra”, mas ainda foram completamente ignorados pelo Ocidente.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também abordou as recentes alegações do presidente dos EUA, Biden, que chamou Putin de “ditador assassino”, “bandido puro” e “criminoso de guerra” em seus últimos discursos, dizendo que suas declarações já se transformaram em insultos diários. Peskov acrescentou que tais declarações deveriam ser inaceitáveis para um presidente de um país que já matou centenas de milhares de pessoas em todo o mundo com suas bombas.
“Considerando tamanha irritabilidade de Biden, seu cansaço, às vezes esquecimento que leva a declarações agressivas, não faremos avaliações duras [de suas declarações] para não causar mais agressões”, disse o porta-voz.
A Rússia e a Ucrânia acusam mutuamente as forças armadas uma da outra de atacar objetos civis, embora o Kremlin tenha repetidamente garantido que as forças russas estão realizando ataques apenas contra objetos militares.
As forças armadas ucranianas e os batalhões nacionalistas vêm realizando ataques ocasionais contra as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (DPR e LPR) desde que declararam a independência após o golpe apoiado pelo Ocidente em Kiev em 2014. O último grande ataque ocorreu em 14 de março, quando um míssil Tochka-U (nome de relatório da OTAN é SS-21 Scarab) atingiu o centro de Donetsk, matando 20 e ferindo mais 35. As autoridades da DPR afirmam que o míssil estava armado com munição de fragmentação proibida. O enviado russo à ONU classificou o ataque como um ataque terrorista e um crime de guerra.