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Raridades

Últimos tesouros de Hendrix são reunidos em 3° álbum póstumo

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

Um trecho inédito e títulos conhecidos, mas em novas versões: Jimi Hendrix ainda tem algumas surpresas para oferecer a seus fãs, 47 anos após a sua morte, em um terceiro álbum póstumo, “Both Sides of the Sky”, a ser lançado nesta sexta-feira.

Depois de “Valleys of Neptune” (2010) e “People, Hell & Angels” (2013), Legacy, responsável pelas reedições e boxs do catálogo Sony Music, lança esta coleção de treze músicas, todas gravadas em estúdio entre 1968 e 1970.

Quando foi revelada, no final de dezembro, a existência deste disco, um título particular fez tremer os fãs deste que é considerado o maior guitarrista elétrico da história: “$20 Fine”.

Porque esta música gravada em 30 de setembro de 1969 era desconhecida do batalhão “hendrixiano”. “E por uma boa razão, ela é de Stephen Stills, membro da banda Crosby, Stills, Nash and Young. Aqui, Jimi desempenha o papel de acompanhante na guitarra”, esclarece Yazid Manou, especialista francês de Hendrix.

Stills, ex-companheiro da cantora francesa Véronique Sanson, “nunca falou desta música”, acrescenta este apaixonado, assessor de imprensa por profissão. “Mas, acima de tudo, é a prova de que a família ainda possui coisas que não conhecemos”, exclama, com os olhos brilhando.

Por si só, “$20 Fine” justifica a aquisição de “Both Sides of the Sky”? Um álbum onde Hendrix canta na grande maioria dos títulos.

“Sim e não”, considera Yazid Manou. “Sim, porque a justificativa é a descoberta de algo que nunca ouvimos. Há uma emoção real. Não, porque não é a parte mais notável do disco. Existem novas versões de títulos, como ‘Hear My Train Comin’, que Jimi trabalhou e retrabalhou por três anos, e este é para morrer”.

Valor seguro – Entre outras músicas notáveis, uma versão inédita de “Woodstock” de Joni Mitchell, onde Jimi Hendrix acompanha Stephen Stills, desta vez no baixo, e “Lover Man”, no qual se diverte em reproduzir o tema da série de TV “Batman”.

“Jimi era um louco por ficção científica”, revela Yazid Manou. “Sua irmã Janie contou que seu apelido quando criança era Flash Gordon. E de qualquer maneira, com sua guitarra, ele era como uma criança com seu brinquedo favorito. Não parava de se divertir no estúdio. E mesmo durante os shows! Em Monterey, ele concluiu seu set com ‘Wild Thing’, tocando ‘Strangers in the Night’ de Franck Sinatra”.

Segundo Eddy Kramer, “Both Sides of the Sky” deve ser o último álbum póstumo de Jimi Hendrix.

“Mas ninguém pode colocar a mão no fogo e apostar que em alguns anos não haverá outros. Jimi passou muito tempo tocando com outros artistas como Stills. Então, pode haver algumas músicas a descobrir”, espera Yazid Manou.

O que é certo é que Hendrix ainda vende muito bem, já que os dois discos póstumos anteriores venderam cumulativamente um milhão de cópias em todo o mundo.

“Agora, a Experience Hendrix LLC, detentora de seus direitos, vai se concentrar nos livros. Por que não remasterizar algumas gravações piratas ? O Santo Graal, no Royal Albert Hall de Londres, em 24 de fevereiro de 1969. Completará 50 anos no próximo ano. Cairia bem”, sorri Yazid Manou.

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