Matrix
Um dia, uma alquimia, como tudo deve ser mágico
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emO tempo anda corrido, mesmo nessa pandemia, e logo chegaremos no segundo domingo de maio e por todos os lados vemos as homenagens às mães. Nada mais justo celebrar as mulheres responsáveis por permear o mundo! Mas hoje eu gostaria de estender essa homenagem a todas as mulheres, discorrendo sobre um dos mais belos postulados alquímicos sobre o sagrado feminino: o tratado da Matrix.
Para a Alquimia, a mulher é tratada de uma forma muito diferente da do homem, pois ela é o canal onde o espírito se transforma em carne. Ela possui um órgão sutil e invisível no alto da cabeça que se abre para dois planos diferentes: o plano do espírito e o plano da matéria. Este órgão, que a Alquimia chama de Matrix, é como um grande chakra composto de 3 círculos de luz e é ele que gerencia todo processo criativo da mulher, tanto em relação à maternidade quanto aos ecossistemas que a cercam.
A Matrix se relaciona com a natureza procriativa, portanto ela sempre está à disposição do universo para servir de ponte aos espíritos que necessitam dela para encarnar. Nascer com o corpo feminino é uma escolha que envolve esta responsabilidade: estar disponível para manter a natureza viva e se reproduzindo através do seu corpo. Para a Alquimia, a mulher é o sagrado feminino e tem a responsabilidade de “procriar”.
É importantíssimo, porém, não relacionar a Matrix apenas à maternidade. Ela é um órgão muito mais amplo que isso e o “procriar” dela tem relação com o processo criativo de uma forma geral, pois tanto a vida humana quanto a natureza se perpetuam através do feminino.
Uma mulher pode não gerar filhos biológicos, mas ser “mãe” de várias “crias”, sejam na forma de “filhos adotivos” ou de projetos e trabalhos dedicados ao coletivo, à natureza e ao bem social em geral. Madre Tereza de Calcutá ou Irmã Dulce, por exemplo, foram “mães” de milhares e certamente tinham a Matrix funcionando a todo vapor.
Assim sendo, estar em paz com a Matrix não necessariamente significa ter filhos, mas sim “Criar” em todos os sentidos, deixar que a natureza se manifeste de muitas formas, não apenas em relação à maternidade. Afinal, o processo criativo pode se traduzir de maneiras diferentes através do feminino.
Uma mulher em harmonia com sua Matrix dará à luz muitos projetos, será radiante, feliz e realizada, pois a Matrix ativa o carisma feminino. Independentemente de ser mãe biológica de alguém ou não, a mulher que tem a Matrix equilibrada terá o instinto maternal aflorado e, de um modo geral, terá conexões fortes e um amor profundo por crianças, animais, pela natureza e pelas artes.
O médico suíço Paracelsus foi o único alquimista a escrever sobre a Matrix, uma verdadeira ópera alquímica com mais de cem páginas dedicadas à compreensão profunda da fisiologia da mulher. À frente de seu tempo, já no Século XVI o grande alquimista constantemente causava a ira da comunidade científica ao criticar publicamente os trabalhos de seus colegas médicos que não consideravam as diferenças entre os sexos masculino e feminino no tratamento de doenças. Ao mesmo tempo, por ser um órgão sutil, a Matrix Paracelsiana era também levada ao ridículo nas discussões médicas da época. Como poderia existir um órgão que ninguém enxergava?
Indiferente ao escárnio dos seus colegas de profissão, Paracelsus exortava a comunidade médica da época a considerar o caráter divino da fisiologia feminina, pois sem a compreensão da Matrix, a medicina muito pecaria na sua assistência em relação à saúde da mulher, tanto física como mental e espiritual, ou em nível individual ou coletivo.
Graças a esse grande cientista do corpo e da alma, consigo hoje produzir no meu laboratório o Floral da Matrix, uma maravilhosa panaceia alquímica que potencializa a força criativa e a beleza da mulher, fazendo com que sua essência se manifeste de forma ainda mais saudável, intensa e brilhante. Mas esse já é um assunto para nossa próxima coluna, quando continuaremos a falar sobre esse incrível postulado alquímico. Feliz dia das mães! Feliz dia da Matrix!