Publicou apenas um livro, “A Verdade nos Seres”, mas gostaria que fossem muitos mais, e tem certeza que ainda publicará outros, pois é repleto de poesia. Em prosa, escreve contos e crônicas para Notibras.
Profissionalmente, exerce a advocacia num escritório cheio de poesia – na mesa próxima fica o Renan Damázio, outro poeta.
Também é professor universitário. Realiza-se mais na segunda profissão, porque, no final das contas, consegue ficar de bem mesmo com os alunos que reprova.
Diz que escreve sem método nem disciplina, só o fazendo quando está inspirado. Para escrever mesmo quando não quer, já basta o que faz no escritório.
Carioca que não gosta de praia nem carnaval, nasceu em 11 de dezembro de 1979. Tem uma irmã mais velha, professora de português.
Suburbano, acha o Méier seu país natal, embora também se sinta em casa na cidade de sua mãe, Paraíba do Sul, onde os avós maternos Filomena e Waldemar Marchi despertaram nele, desde cedo, o interesse por genealogia e suas raízes italianas. É para lá também que tem de viajar toda vez que precisa ir ao dentista, porque só abre a boca para o Dr. Celso Motta.
Também anda por Minas Gerais, estado a que aderiu por casamento e influencia muito sua poesia.
Foi casado durante 14 anos felizes, mas ficou viúvo há quase seis.
Agora, dizem que está perdidamente apaixonado, mas ninguém conseguiu ainda lhe fazer revelar por quem. Nem a própria musa do poeta o desconfia.
Seu filho, Francisco, é mineiro. O menino gosta mais de futebol e matemática do que o pai e obriga-o a ser torcedor do Fluminense.
Considera Eduardo Martínez e Dona Irene seus leitores mais importantes, porque foram os primeiros a convencerem-no de que era realmente escritor e poeta.
Foi personagem do primeiro romance publicado pelo Eduardo, “Despido de Ilusões”, onde aparecia como um jovem advogado.
Conhece Eduardo desde que se entende por gente e, quando era criança, corria atrás dele para esfaqueá-lo com uma faquinha de brinquedo com lâmina retrátil. Só não levava uns cascudos porque Eduardo é o afilhado favorito dos pais do Daniel, e adora saborear o misto-quente feito por seu padrinho, Celso.
Queria ser cineasta para filmar contos do Eduardo Martínez, que sempre lê como a imaginar um filme.
Alguns, quando o conhecem, pensam que ele aprecia vinhos caros e refinados, mas o que ele gosta mesmo é de uma Coquinha gelada. Da comum, porque a zero não alivia a dor da existência.
Sua predileção flagrante por gatos não o faz gostar menos dos outros animais.
Desde criança, adora Fuscas. Tem alguns, aos quais costuma dar nomes. Usa-os frequentemente, inclusive para viajar.
Detesta carro com câmbio automático e não dispensa uma vitrola para ouvir seus velhos LP’s do Ray Conniff. A música é uma forma de desligar e parar de pensar no que não quer.
Coleciona moedas antigas e canetas.
Tem uma identidade secreta durante alguns meses do ano, só ainda não descobriram se esta é sua versão com barba, ou sem.
Seus poetas preferidos são Augusto Frederico Schmidt, Pablo Neruda, Cora Coralina, Cecilia Meireles, Manuel Bandeira, Adalgisa Nery, Geir Campos e Vinicius de Moraes. Entre os contemporâneos, admira Jorge Lenzi, Sarah Munck, Renan Damázio e acha uma maldade ter que citar alguns apenas, porque sempre excluirá outros excelentes da lista.
Tem preguiça de fazer exercícios, mas é bom de caminhadas.
Detesta comprar roupa e manda fazer camisas e ternos em alfaiate. Só usa relógio no pulso direito.
Acha lindos os dias frios e nublados.
Escreve porque precisa colocar para fora suas ideias, ou tem a sensação de que sucumbirá.
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Cassiano Condé, 81, gaúcho, deixou de teclar reportagens nas redações por onde passou. Agora finca os pés nas areias da Praia do Cassino, em Rio Grande, onde extrai pérolas que se transformam em crônicas.