Filhos de Gadu
Um segredo maçônico para quem quer praticar o bem
Publicado
emA Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista. No sentido do progresso, cremos na imortalidade e em um princípio criador regular e infinito, não atrelado a dogmas, prevenções ou superstições. A Maçonaria é isso, sem colocar nenhum obstáculo a seus adeptos quanto ao esforço na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca senão o da razão com base na ciência.
Essa definição foi repetida na terça, 12, em jantar de confraternização da família maçônica da Loja Estrela d’Alva 16, em Taguatinga. Lá fui acolhido por ‘tios’ e ‘tias’ com um carinho inexplicável. E mais uma acrescentei ensinamentos na minha caixinha de memória, que compartilho aqui.
Como princípio, praticamos a liberdade reconhecendo que indivíduos e grupos humanos, sejam eles instituições, raças, nações, devem gozar da igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, a raça ou nacionalidade.
Para alguns, o objetivo de tornar feliz a humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito ao semelhante, pode parecer uma utopia. Mas, para os maçons, essa mudança é alcançada através dos núcleos que nos cercam, no momento em que conseguimos influenciar positivamente a vida daqueles que amamos e dos semelhantes que o Gadu, o Ser supremo do Universo, coloca em nossa jornada.
A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse pessoal.
Por falar em família, esta pode ser definida como um agrupamento humano formado por duas ou mais pessoas com ligações biológicas, ancestrais, legais ou afetivas que, geralmente, vivem ou viveram na mesma casa.
Assim quis o Gadu que este planeta, que habitamos em família, fosse a nossa casa, para que pudéssemos compartilhar a aventura do aperfeiçoamento moral em comunhão e plena integração.
Por missão muito nobre de alguns irmãos, tivemos a sorte de pertencer a Maçonaria Universal e, por conseguinte, a uma de suas células chamada A.R.L.S Estrela Dalva 16.
Valorosos foram os irmãos que chegaram antes para construir toda essa família que hoje podemos desfrutar com certa vaidade e orgulho, pois sabemos que os sacrifícios enfrentados testaram não só a fé que tinham, mas também a visão de um futuro melhor.
Quando nascemos, o Gadu nos une a uma família por meio do sangue, quando nos casamos, nos juntamos a outra família por meio do amor, ao nos tornarmos maçons, Ele nos concede mais uma família por meio de um juramento.
A primeira nos dá a dádiva da vida, a educação básica para enfrentar as intempéries do mundo e de suas profanações. A segunda, nos oferece um sentido para viver, dando-nos a consciência de que sonhos e objetivos podem e devem ser compartilhados para além dos nossos próprios interesses. A terceira nos dá vocação para reagir as aludidas intempéries e tornar o meio em que vivemos livre das mazelas dos preconceitos e dos erros, nos proporcionando forças para combater a tirania e a ignorância.
É assim que podemos internalizar em nossos corações o ideal de construir um templo dedicado ao culto da virtude, ao mesmo tempo que nos conscientizamos da necessidade de sepultar nas masmorras do esquecimento os vícios de outrora.
Dessa maneira, não podemos nos esquecer de que o verdadeiro sentido da família é o apoio incondicional da causa justa, a orientação do caminho da retidão, a compaixão e a tolerância, pois, só assim conseguiremos tornar feliz a humanidade.
Em síntese, é vivendo e aprendendo. E transmitindo sempre esses ensinamentos para que alcancemos um mundo mais justo.
*Aos nossos leitores: Notibras abriu este espaço editorial para o segmento PcD. Para que possamos interagir, mostrarmos que somos pessoas comuns. Encaminhe sugestões, mande seus textos. Prometo que tudo será bem recebido e aproveitado. Meu WhasApp é +55 61 98425-4895.