Uma nova pesquisa garante que – ao contrário do que já foi dito em pesquisas anteriores – o uso de maconha de forma moderada não afeta o desempenho intelectual ou educacional de adolescentes. As informações são do The Independent.
Segundo a publicação, o estudo foi feito pelo Instituto Avon de Estudos Longitudinais entre Pais e Filhos e apresentado no congresso anual do Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia (ECNP), em Berlim, esta semana. A conclusão da pesquisa é de que o uso da droga não causa piores resultados em exames acadêmicos e nem mesmo diminui o QI dos usuários.
A pesquisa foi feita com 2.612 crianças, que foram submetidas a testes de QI com oito anos de idade e, novamente, quando tinham 15 anos. Em ambas as idades, eles responderam também a uma pesquisa sobre o uso de maconha.
De acordo com os resultados da pesquisa, o uso de maconha não pode ser declarado como um fator predominante para que os adolescentes tenham dificuldades acadêmicas.
– Isso pode sugerir que os resultados anteriores, que mostram um menor desempenho cognitivo em usuários de maconha, podem ter considerado o estilo de vida, o comportamento, a história pessoal, mais do que o próprio uso da maconha em si, disse o chefe da pesquisa, Claire Mokrysz, que também leciona na Universidade de Londres.
Com isso, a educação passa por um momento de reflexão: as crianças que usam a dorga e vão mal na escola vão mal porque estão fumando maconha, ou eles fumam maconha porque estão indo mal na escola?. Este último estudo sugere que dizer que a maconha é sempre o problema, pode ser uma análise simples e superficial de algo mais complexo.