Diálogo, parceria e objetivos convergentes são os principais ingredientes para uma boa base de sustentação de qualquer governo democrático. São, em síntese, o conteúdo básico para tornar possível a arte da política, seja ela nacional ou regional. Ainda que determinados partidos tenham princípios políticos e econômicos diferentes, o que realmente deve importar é o ato nobre de prezar pelos interesses da sociedade e pelo fortalecimento da democracia. Considerando que a política realmente é uma arte, diria, sem margem de erro para cima ou para baixo, que nem todos os políticos são artistas.
Merecem respeito e votos os que se esmeram para subir ao palco e se comprometer com a construção de relacionamentos inteligentes e capazes de ajudar no desenvolvimento de projetos inovadores para o bem comum. No bom e castiço português, política é a ciência que tem por objetivo a felicidade humana. Não tenho – e não quero – vinculações partidárias, mas acompanho o dia a dia dos políticos como se fosse um deles. Sem qualquer conotação de acerto de contas, impossível não comparar os governos de Luiz Inácio e de Ibaneis Rocha com seus simulacros anteriores. Vale ressaltar que, para atingir o estágio de governantes com boa ou ótima aprovação popular, Lula e Ibaneis nunca estiveram sós.
Ao lado de ambos, há um colegiado de políticos comprometidos com o povo e com o Estado Democrático de Direito. Sem rasgação de seda, é o caso do deputado reeleito Luciano Bivar, de cuja biografia eu mesmo resolvi apagar o verbete que o coloca como ex-presidente do PSL, legenda que lançou a candidatura de Jair Bolsonaro em 2018. Atual comandante do União Brasil, sigla que abriga parlamentares de peso e leais ao Brasil, Bivar e seu vice Antônio Eduardo Gonçalves de Rueda são parte do alicerce do petismo de Lula e do emedebismo de Ibaneis.
Para quem não se lembra, em 2022 ele desistiu da candidatura ao Palácio do Planalto para apoiar o projeto de Luiz Inácio, que, em resposta ao apoio, decidiu não dormir sentado na cadeira de presidente. Dispostos a seguir firme com as propostas e a obrigação de proteger a dignidade individual da população, atuando de maneira desenvolvimentista, liberal e independente, Bivar e Rueda não abrem mão de alternativas viáveis, gestões eficientes e o compromisso de criar soluções reais para a vida dos brasileiros.
À frente de três ministérios no governo Lula e de órgãos de ponta no Governo do Distrito Federal, o União Brasil, apesar dos complicadores naturais de uma grande e diversa legenda, fechou com Luiz Inácio e Ibaneis Rocha desde o lançamento das candidaturas do presidente e do governador eleitos. Como Bivar deve passar o comando do partido para o advogado Antônio de Rueda em fevereiro, a tese de candidatura própria ao Palácio do Planalto em 2026 deve ser amplificada. No entanto, até lá a expectativa é no sentido de que o União Brasil, fruto da fusão entre PSL e Democratas, mantenha o posicionamento em favor do Brasil e da democracia.
Ainda que seja contra pautas ideológicas e a favor de um ajuste fiscal mais rígido, a direção da legenda continuará se caracterizando como moderada e como alternativa ao extremismo que assustou o país entre 2018 e 2022. Além de trabalhar pela governabilidade e sustentabilidade dos governos Lula e Ibaneis, a ideia das lideranças do União Brasil é mostrar ao povo brasileiro que, em política, o que não é possível é falso.