O chefe da Casa Civil do DF, Hélio Doyle, afirmou nesta quinta-feira (8) ao G1 que o governo federal negou a antecipação solicitada pelo GDF da parcela do Fundo Constitucional para pagar os salários atrasados de servidores da saúde e educação. De acordo com Doyle, a resposta foi dada ao governo do DF na noite da última terça-feira (6).
Para ajudar no saneamento das contas e garantir o pagamento dos trabalhadores, o GDF pediu ao governo federal antecipação de R$ 412 milhões do Fundo Constitucional. Na segunda (5), membros do governo local se reuniram com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Na terça (6), o encontro foi com o chefe da Previdência, Carlos Gabas.
O Fundo Constitucional é uma verba repassada pela União destinada ao pagamento de funcionários da saúde, educação e segurança pública. De acordo com a assessoria do GDF, a regulamentação do fundo prevê o pagamento em duodécimos (uma parcela por mês) e não pode ser antecipado. Para este ano, o valor do fundo repassado da União para o GDF é estimado em R$ 6 bilhões.
Segundo dados apresentados nesta terça pelo secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, a nova gestão já identificou um rombo de R$ 3,166 bilhões, herdado da gestão anterior, mas prevê chegar ao fim do mês devendo R$ 3,519 bilhões.
Por causa desse cenário, o GDF não efetuou o pagamento dos servidores previsto para esta quinta-feira (8). A nova previsão, segundo o governo, é que os salários sejam pagos até o fim da próxima semana.
O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, pediu nesta quinta compreensão aos servidores com salários atrasados. “O que a gente pede é um pouco de compreensão. Nós herdamos uma situação muito difícil, não é responsabilidade nossa e estamos tomando todas as providências para que semana que vem seja efetivado o pagamento dos servidores da saúde e da educação”, afirmou, durante cerimônia de posse do novo diretor-geral da Polícia Civil.