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Números reais

Uso de cloroquina divide turmas do bem e do mal

Publicado

Autor/Imagem:
Reginaldo Marinho

Essa pandemia não é uma Olimpíada, mas comparar números pode ser esclarecedor para algumas mentes distorcidas.

Eu assinalei dois players internacionais, parceiros do Brasil, com a soma das populações equivalente à metade da população brasileira, Inglaterra (53 milhões) e Espanha (47 milhões). A soma dos dois territórios, Inglaterra e Espanha, 636.268 km² equivale a 7% do território brasileiro.

Esses dois países somam menos da metade da população brasileira e juntos superam o número de óbitos do Brasil notificados para Covid-19. Espanha com 28.401, Inglaterra com 44.602 e Brasil com 70.254 óbitos.

A Índia que tem população mais de 6 vezes superior à nossa, tem menos de 1/3 dos óbitos. Na Índia não teve a torcida da Covid, nem ninguém a desejar a morte de Narendra Modi.

Ocorre que a Índia é a maior fabricante de cloroquina do mundo e se tornou, nessa pandemia, o maior consumidor dessa substância, onde o fármaco é usado há mais de cem anos no combate à malária. Para combinar lazer e prevenção, os colonizadores ingleses inventaram a bebida que os caracteriza Gim&Tônica, a água tônica era feita com um pó extraído da casca da chichona, hidrocloreto da quinina.

Há três meses, eu escrevi o artigo otimista “Torcida da Covid vai perder jogo sem prorrogação”, para Notibras, sobre a contribuição brasileira no combate à pandemia.

Quando eu percebi o jogo mudar com a decisão do STF em transferir as responsabilidades do combate ao novo coronavírus para governadores e prefeitos, deixando para o governo federal apenas o ônus de repassar recursos financeiros, para os políticos realizarem compras e obras superfaturadas, sem a preocupação de evitar tantas mortes, vi que seria inócuo enfrentar os poderosos veículos de comunicação, que decidiram ficar a favor dos governadores e do genocídio causado pela negligência ao tratamento precoce, ou à espera da solução científica como afirmam os praticantes do ‘ódio do bem’.

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