Notibras

Vacina ‘de Bolsonaro’ mata brasileiro

O presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado no início da tarde desta quarta-feira, 21, a não ser tão intransigente na defesa da vacina contra a Covid que está sendo desenvolvida pelos ingleses. O conselho foi dado imediatamente após a Anvisa revelar, em comunicado à imprensa, que um voluntário brasileiro que participava dos testes da vacina de Oxford morreu.

A Anvisa não informou se ele tomou a vacina ou o placebo. Bolsonaro atacou, horas antes, a vacina CoronaVac, de origem da China, que está sendo produzida em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O presidente foi acusado de promover uma guerra ideológica de ódio aos chineses, apesar de o governo de Pequim ser o maior parceiro comercial brasileiro.

Veja a seguir a nota da Anvisa:

“Em relação ao falecimento do voluntário (brasileiro, grifo nosso) dos testes da vacina de Oxford, a Anvisa foi formalmente informada desse fato em 19 de outubro de 2020. Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação.

Portanto, a Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes.

A Anvisa está comprometida a cumprir esses regulamentos, de forma a assegurar a privacidade dos voluntários e também a confiabilidade do país para a execução de estudos de tamanha relevância.

A Agência cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira.”

Sair da versão mobile