A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe acaba nesta sexta-feira (22), e a Secretaria de Saúde de Brasília imunizou 214.408 moradores até a semana passada. O número representa 35,2% das 608 mil pessoas inseridas no público prioritário. A meta é, até o fim da mobilização, vacinar 80% desse total. “Uma possível prorrogação da campanha vai depender do Ministério da Saúde”, explica a chefe do Núcleo de Imunização, Eudóxia Rosa Dantas.
No Distrito Federal, a maior adesão tem sido de idosos, de mulheres com até 45 dias após o parto e de portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como asma e diabetes. Gestantes e crianças entre 6 meses e 5 anos têm sido os grupos de menor procura. “Ainda existe o mito de que a vacina adoece a pessoa”, aponta a médica. “Há outros tipos de vírus, e a imunização combate os mais comuns; às vezes, a pessoa já está doente quando recebe a dose.”
No ranking das unidades da Federação com maior adesão à campanha, o Distrito Federal aparece na quinta colocação, atrás do Rio Grande do Sul, do Paraná, do Amazonas e de Santa Catarina. Os dados são do Ministério da Saúde, nos quais ainda não estão inseridos portadores de doenças crônicas não transmissíveis, população carcerária e trabalhadores do sistema prisional.
Cerca de 54 milhões de doses foram distribuídas no País. Até 15 de maio, segundo o ministério, 14,5 milhões de brasileiros foram vacinados desde o início da mobilização no dia 4. O levantamento mostra que 29,24% do contingente de 49,7 milhões do público-alvo já tomaram a dose.
Pneumonia
A imunização protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para 2015 (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Estudos do ministério demonstram que a dose antigripal pode reduzir de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonia e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Nesta semana, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforçou que o auge da contaminação ocorre até agosto, durante o inverno. Segundo Chioro, a vacina precisa de duas a três semanas para gerar os anticorpos de proteção no organismo.
Para a auxiliar de enfermagem Edilângia de Souza Mamede, de 38 anos, a campanha é fundamental pois previne a doença. “Dificulta a propagação do vírus nesses meses de mudança brusca no clima”, comenta a moradora de Ceilândia. Além de profissional da área de saúde, ela integra outro grupo prioritário: o das mulheres que tiveram filhos recentemente.