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Vacinação tira idoso da porta do cemitério

A Secretaria de Saúde (SES) vem registrando queda nas internações de idosos nas unidades de terapia intensiva (UTIs) da rede pública. Os dados contabilizados até o dia 2 deste mês mostram que todas as faixas etárias acima de 60 anos apresentaram queda a partir de maio. A redução está associada diretamente ao início do processo de vacinação no Distrito Federal.

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, avalia que esses dados mostram a importância da imunização no enfrentamento à covid-19. “Estamos verificando um avanço significativo na redução de internações e na diminuição do número de óbitos, deixando claro o valor da vacinação, independentemente de qual vacina esteja sendo aplicada”, afirma. O DF, lembra ele, está utilizando, no momento, vacinas de quatro laboratórios diferentes.

A secretária adjunta de Assistência à Saúde, Raquel Beviláqua, reforça: “Com mais de 1 milhão de doses aplicadas no Distrito Federal, os idosos, que são grupo prioritário para a vacinação contra a covid-19, já se encontram em sua maioria imunizados. Já vemos um reflexo disso na ocupação dos nossos leitos hospitalares, com queda na taxa de ocupação desse público e inversão do que era observado antes da vacinação. Hoje, a maioria das internações por complicação em decorrência do coronavírus se dá entre o público mais jovem”.

Um estudo mostra que, entre janeiro e abril deste ano, houve aumento nas internações de pessoas com 60 a 64 e 65 a 69 anos e, a partir de maio, queda. Já para o público de 70 e 74 anos, foi registrado aumento entre janeiro e fevereiro, estabilidade em março e redução a partir de abril.

Na faixa dos 75 a 79 anos o aumento de internações foi de janeiro a março, com queda em abril. Já para pessoas com mais de 80 anos, houve crescimento de janeiro para fevereiro e queda a partir de março. Os dados mostram ainda que todas as faixas etárias acima de 60 anos tiveram redução a partir de maio.

A vacinação para idosos com 80 anos ou mais começou em 1º de fevereiro. Em 4 de março, as pessoas com 75 anos começaram a ser vacinadas. Já em 22 de março, foi iniciada a vacinação para quem tem a partir de 69 anos. A ampliação seguiu e, em 16 de abril, abriu espaço para o público entre 64 e 65 anos; em 30 de abril, foi a vez de vacinar quem tem 60 e 61 anos.

Diante desse cenário, a secretária adjunta reforça a importância da vacinação para a redução dos casos graves e internações e faz um apelo para aqueles que são parte dos grupos elegíveis e ainda não se imunizaram: “Se já chegou a sua idade, não deixe de se vacinar! E vale destacar mais uma vez que a melhor vacina é a disponível nos pontos de vacinação”.

Em pouco mais de cinco meses, a Secretaria de Saúde vacinou mais de 100% da população de mais 70 anos com a primeira dose – percentual que foi ultrapassado com a vinda de pessoas de outros estados para receber o imunizante.

Nos próximos dias, serão vacinadas 41.009 pessoas que agendaram imunização pelas faixas etárias, de 44 a 59 anos, e com comorbidades, de 18 a 43 anos. Por idade, foram 40.018 agendamentos; e, com alguma doença pré-existente, 992.

Durante todo o mês de julho, receberão a segunda dose 224.946 indivíduos, dos quais 196 mil iniciaram o esquema vacinal em abril, com a AstraZeneca. A maioria desse público é de idosos entre 60 e 66 anos, o que justifica o baixo percentual de pessoas nessas idades vacinados, conforme o gráfico de vacinação (veja acima).

Segue aberta, sem necessidade de agendamento, a vacinação para quem tem 60 anos ou mais e para gestantes e puérperas com comorbidades. Os idosos são atendidos em qualquer um dos 55 locais de vacinação. Já as gestantes e puérperas com comorbidades recebem o imunizante em pontos específicos podem  consultar aqui.

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