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O Flâneur

‘Vagando como carrinho pelas ruas, conheço a história da cidade e as pessoas’

Publicado

Autor/Imagem:
Simone Magalhães - Foto Produção Francisco Filipino

Para escrever …
Penso, logo …
Sinto, logo …

In loco ou na mente
Vagueio pela cidade
como um flâneur.

Percorro as ruas
observo sua história,
as pessoas.
Os des(caminhos)
que a consciência aflora.

Algo solitário?
Talvez.
Mas se escrever
é um ato quase eremita.
Por que preciso então flanar?

Ah, a boa boêmia …
Se eu não observasse
Não teria comigo as memórias
E por fim, nada criaria.

Para escrever …
É preciso muito pouco
Por vezes, basta fechar os olhos (e sentir).
Boa boêmia essa (e nada solitária, por sinal!)

Para escrever …
Alguém aí disse Baudelaire?

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