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Passe de mágica

Vantagem da seca é que os buracos desaparecem

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Vinícius Brandão

Algumas áreas residenciais de regiões administrativas do Distrito Federal passaram a receber manutenção nas vias públicas, após anos de demanda. Nas mais antigas, como Ceilândia, Gama e Taguatinga, há espaços que precisam até de recapeamento, porque a massa asfáltica é muito velha. Os conjuntos não eram atendidos antes devido ao esquema de prioridade das operações.

No período de chuvas, as manutenções dão preferência de atendimento a vias mais movimentadas, onde os carros transitam com velocidade de 60 a 80 quilômetros por hora. Depois, a prioridade vai para as marginais e, por último, para áreas residenciais, como a Quadra 706 da Asa Norte, na qual uma equipe trabalhou na tarde dessa quarta-feira (11).

O diretor-presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Júlio Menegotto, explica as escolhas. “Se o motorista passa em um buraco a 80 quilômetros por hora, tem um risco muito maior de acidente. Em um conjunto habitacional, um carro a 10 por hora apresenta perigo menor”, justifica.

A Novacap não conseguia chegar aos conjuntos, segundo ele, porque apenas sete equipes operacionais trabalhavam o ano todo. Algumas empresas eram contratadas para reforçar o serviço nos períodos de chuva, mas o esforço, concentrado nas vias de velocidade alta, não alcançava áreas residenciais. Algumas ruas de Ceilândia, por exemplo, não eram atendidas havia seis anos.

Por meio de licitação em 2016, o esquema foi ampliado para mais 30 equipes, de 11 empresas contratadas, que passaram a reforçar o trabalho em todos os meses do ano. Menegotto diz que a única diferença entre os períodos de seca e de chuva, agora, está no valor do investimento: R$ 10 milhões nos meses de precipitações e R$ 6 milhões nos de estiagem.

Além de manutenção constante de vias em todo o DF, a Novacap faz limpeza e obras em bocas de lobo, além de poda de árvores. Os efetivos de todas as operações foram fortalecidos mediante licitações em 2016.

Para as ações de limpeza de bocas de lobo e de pequenas obras, foram contratadas seis empresas, que compõem 20 equipes. Elas reforçam o quadro operacional de três grupos da Novacap.

Para as atividades de poda, nove das frentes operativas são terceirizadas, enquanto oito são da empresa pública. Menegotto cita também que R$ 3,22 milhões foram usados para comprar quatro caminhões desobstruidores.

Agência Brasília

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