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Vasquez pega carona na lama suja do Buriti e mergulha na Adasa

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No apagar das luzes, o governador Agnelo Queiroz dirigiu aviso à Câmara Legislativa indicando o secretário de Transportes José Walter Vasquez para a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal.

Para tornar esse agrado antecipado de Natal viável, os deputados distritais precisam sabatinar o indicado nesta quinta-feira 27. Vasquez vai falar e terá seu nome aprovado. Até porque, o Buriti tem maioria naquele colegiado.

Até aí tudo bem, não fossem alguns detalhes que os deputados precisaram saber antes de beberem dessa água.

Há quem questione, por exemplo, o fato de alguém da área de transportes ser lembrado para o posto. Uma das  hipóteses é que Vasquez (e o próprio Agnelo Queiroz) teriam com essa sinecura a missão de tentar desqualificar tecnicamente a Adasa.

Ainda dentro das hipóteses, com ingrediente de suposição, há quem associe a indicação ao segundo chefe Tadeu Filippelli, que, dizem boas e más línguas, seria sócio do aquoso Vasquez em alguns empreendimentos.

Uma terceira hipótese, e não tanto insuspeita, é a de que Vasquez está recebendo um agrado pelos muitos favores prestados na hora de conceder as ‘bacias’ para seletas companhias de ônibus. É o que se diz no terreno das hipóteses para justificar a indicação.

Ao encaminhar o nome de Vasquez à consideração da Câmara Legislativa, Agnelo Queiroz foi brutalmente grosseiro com o governador eleito Rodrigo Rollemberg, que fica sem condições de colocar alguém na Adasa. Ali os postos são intocáveis. E o mandato de cinco anos garante um salário robusto.

Mas no Buriti a iniciativa de Agnelo não foi unanimidade. Houve quem sugerisse um recuo. Gente que prega uma política de boa vizinhança de quem sai cabisbaixo com quem chega de cabeça erguida.

Agnelo, porém, se fez de surdo.Foi assim em todo o seu governo, onde viveu falando com o espelho. E nunca soube que as paredes têm vozes e não só ouvidos.

Afinal, Brasília é isso. E ao término de um malfadado governo, que ficará na história como o mais rejeitado em toda a história da autonomia política da capital, não seria diferente.

Não se vive de gentilezas nessas águas turvas e enlameadas do agnelismo. Presteza marcou a ação do governador ao assinar a indicação para dar alguma coisa boa para José Walter Vasquez Filho, como retribuição à mãozinha emprestada por Vasquez.

E que mãozinha. Agradecido, o ainda secretário vai passar os anos do governo de Rodrigo Rollemberg bebendo Perrier.

Publicado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br

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