Veado, anta, onça… Água Mineral vira zoológico a céu aberto para a fauna de Brasília
Andressa Pimenta Lins
O Parque da Água Mineral, com seus mais de 42 mil hectares, é um verdadeiro zoológico a céu aberto para preservar a fauna da capital da República. Lá, alheios à selva de pedra das redondezas, todos sobrevivem. Mas, como na mata virgem do cerrado vigora a lei da selva, algumas espécies têm de se reproduzir com maior velocidade, porque servem de alimento para outras.
Os comilões, no caso, são os pumas, que voltaram a ser fotografados neste fim de semana. Mãe e filho passearam tranquilamente, sem medo de caçadores, embora estivessem atrás de sua caça. O prato predileto desses felinos é uma suculenta capivara, mas não rejeitam, tamanduás, queixadas e antas.
A imagem que flagrou mãe e filhote foi obtida com uma armadilha fotográfica. Também conhecido por onça-parda ou suçuarana, esses felinos que habitam a reserva têm hábitos noturnos e são considerados solitários.
Os animais, que têm hábitos noturnos e são considerados solitários, aparecem bem próximos à câmera. Outro flagrante foi feito em janeiro e foi divulgado na semana passada.
“Ao terem encontros com humanos, as onças fogem imediatamente”, explica a NEX, organização não-governamental que anda monitorando o Parque da Água Mineral. Após analisar as imagens, a ONG sustenta que não há perigo para os frequentadores da reserva.
– Nunca houve registro de ataque de onça a humanos no Parque Nacional de Brasília. Em todas as experiências de avistamento elas fugiram, estão no cerrado com facilidade de fuga e abundância de alimentos naturais, comentou um dos dirigentes da organização.
