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Vegetação do cerrado está entre as maiores vítimas da devastação no meio ambiente

A vegetação rasteira, composta por arbustos e espécies herbáceas, encontrada predominantemente no Cerrado, na Caatinga e nos Pampas do país, foram as maiores vítimas da devastação ambiental no período entre 2000 e 2012 no Brasil, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O instituto divulgou nesta sexta-feira (25) um estudo sobre mudanças na cobertura e uso da terra. Segundo o órgão, a pesquisa visa a monitorar as mudanças na cobertura vegetal, agrícola e urbana.

As formações de campos e cerrado, que compõem as pastagens naturais, ocupadas por vegetação sujeita a pastoreio, perderam 308.410 km² de sua extensão no período, uma redução de 14,8%. A área devastada é equivalente a cerca de 75 milhões de campos de futebol, a quase metade do Estado de Minas Gerais (que possui 586.522 m²) ou um pouco mais que o tamanho da Itália (301.388 km²).

Em termos absolutos, áreas ocupadas por árvores, predominantes na Amazônia e na Mata Atlântica, foram as que mais perderam cobertura no período correspondente à pesquisa. Ainda assim, a devastação de florestas ficou próxima à verificada nas pastagens naturais, com redução de 313.450 km², o equivalente a 8,9% da área total de vegetação florestal.

Considerando-se apenas o período entre 2010 e 2012, a perda percentual de área de pastagem natural (-7,8% ou 149.670 km²) foi quatro vezes maior que a perda de área de vegetação florestal (1,8% ou 59.230 km²). A redução dos campos e cerrados em dois anos foi equivalente à área do Estado do Ceará (148.920 km²) ou de cerca de duas vezes a área da Irlanda (país de 70.237 km²).

Enquanto as pastagens naturais perderam 308.410 km², e as florestas, 313.450 km², o maior crescimento entre 2000 e 2012 foi observado nas pastagens plantadas (336.240 km² ou 54,4%), seguido das áreas agrícolas (117.440 km² ou 29,4%). Dessa forma, o país ganhou em 12 anos uma área quase equivalente ao tamanho da Finlândia ou do Estado de Goiás (cerca de 340.000 km²) em pastos para rebanhos.

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