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Veja seis fatos sobre Tim Maia, morto há exatos 20 anos

Publicado

Autor/Imagem:
Paulo Amaral

A música soul perdeu seu maior representante no Brasil há exatos 20 anos. No dia 15 de março de 1998, a voz de Tim Maia se calou.

Hoje, duas décadas após a morte do cantor que fez gerações balançarem e se emocionarem ao som de hits como Azul da Cor do Mar, Não Quero Dinheiro e Gostava Tanto De Você, selecionamos 6 fatos desconhecidos — ou pouco conhecidos — do eterno ‘síndico’.

A polêmica Vale Tudo – Uma das músicas mais famosas e mais tocadas de Tim ao longo dos anos é, também, a mais polêmica. Vale tudo, em um trecho da letra, diz que “vale o que vier, vale o que quiser. Só não vale dançar homem com homem, e nem mulher com mulher”.

O que dá a impressão de ser uma clara conotação homofóbica na letra, no entanto, não se traduz em realidade. Pelo menos é o que informou Junior Mendes, amigo pessoal e ex-produtor de Tim, em vídeo publicado no canal de YouTube TV Cifras.

Ao contar um pouco sobre os bastidores da criação do hit, Mendes negou que a origem de Vale Tudo seja de conteúdo homofóbico. “Naquele tempo faziam-se coreografias. Até hoje o pessoal do baile funk faz, mas, naquele tempo, o funk não era rap, o funk era outra coisa. Tinham bailes muito grandes, um movimento de música black, black music. Vale Tudo foi uma conversa sobre o baile, né? Os homens dançavam com os homens por causa da coreografia do baile, e as mulheres a mesma coisa. Depois de certa hora, libera. Vale tudo. No baile, vale tudo.”

Origem do apelido ‘síndico’ – Muita gente não sabe, mas o trecho da música W Brasil, de Jorge Ben Jor, que diz “eu vou chamar o síndico: Tim Maia”, tem origem em um episódio curioso. Tim Maia chegou a sofrer com mania de perseguição e, certa vez, com medo de ser assaltado, distribuiu tiros em direção a alguns funcionários da empresa de eletricidade que trabalhavam perto do prédio em que morava. Jorge Ben não perdeu a oportunidade de azucrinar o amigo e lançou o apelido, que pegou.

Briga com o “Rei” Roberto Carlos – Já imaginaram um trio com Tim Maia, Erasmo e Roberto Carlos? Então… Ele existiu. Em 1957, um ano depois de abandonar o posto de baterista em sua primeira banda (Os Tijucanos do Ritmo), Tim, com 15 anos, se juntou a Roberto e Erasmo para formar o trio The Sputniks.

Assim como Os Tijucanos, no entanto, o conjunto teve vida curta, pois Tim e o hoje aclamado “Rei” teriam tido uma desavença que não permitiu a continuidade do projeto. Roberto Carlos, por sua vez, nega a versão que faz parte do filme oficial da vida do astro soul.

A briga na juventude, no entanto, ficou para trás, e a dupla chegou a emocionar o público em uma performance da música Pede a Ela, gravada para o tradicional especial de fim de ano de Roberto Carlos.

Gavião de estimação – Tim Maia tinha um bichinho de estimação, mas não um cachorro ou gato, como a maioria das pessoas. O cantor era dono de um gavião, a quem batizou de “Empresário”, pois costumava dizer que empresários do ramo da música eram, em sua grande maioria, “aves de rapina”.

Made in USA – A paixão do cantor pelo soul pode ter crescido por conta de sua fase “made in USA”. O cantor se mudou para os Estados Unidos após a morte de seu pai e viveu quatro anos por lá, de 1959 a 63. A aventura teve direito à formação de uma banda, mochilão pelo país a bordo de um carro roubado, pequenos furtos para financiar a viagem e, no fim, prisão em Daytona Beach por porte de entorpecentes, fato que o fez ser deportado para o Brasil.

Relação complicada com o sobrinho e “herdeiro” (da voz) – Tim deixou um sucessor no mundo soul: o sobrinho Ed Motta. A relação entre ambos, no entanto, não era nada boa. Em entrevista para o Programa do Jô, bem depois da morte do tio, Ed Motta explicou que jamais falou mal de Tim, mas que o cantor nunca gostou dele.

Veja a seleção das melhores músicas de Tim Maia: 

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