Olhos mágicos
Velha amizade de Gabi e Dedeco é como pestanas e cílios
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1. Naquela noite…
Gabriel saiu da Praia de Cima após sons lindos e festa.
Caminhou pelo centrinho da Pinheira e sentou no ponto de ônibus.
Depois deitou. Bateu a cabeça e dormiu.
E expeliu os óculos longe.
2. Naquela manhã…
Chegou em casa meio chapado e sem referências.
Pensou nas coisas que teria feito e depois desligou.
Acordou e procurou os óculos.
Nada.
Pensou que depois de velho começara aquela descida de ladeira do esquecimento.
Foi para o centrinho da Guarda tomar umas.
3. Naquela tarde…
Sentado na Quitanda da Guarda, Gabriel tentava localizar as coisas.
Nisto chega o Dedeco, amigo de anos.
– Oi, broder!
– Oi, velho Dedeco!
Contou pra Dedeco que tinha chapado e perdido os óculos.
Dedeco apenas respondeu a chave-mágica.
– Gabi, eu achei um óculos na rua e tá lá em casa.
Gabriel sentiu um raio na nuca de cima em baixo.
Depois apenas disse ao Dedeco para passar amanhã na pousada.
4. Naquele dia lindo…
Dedeco gritou no portão. Gabriel!
Gabriel acordou meio estropiado e lhe disse…
“Calma ai. Já vou.”
Dedeco mostrou a caixinha onde ele guardou os óculos-anônimo com carinho.
E era mesmo os óculos de Gabriel.
5. Naqueles anos….
A vida foi mostrando o valor de uma amizade.
Do cara Dedeco “vira bosta” dos pastos da Pinheira com o “playboy” também “vira bosta” que chegara anos antes na Pinheira e agora mora na Guarda do Embaú.
O lance mais interessante dessa história é a Amizade Sincera.
Os dois Dedecos jamais se perderam.
E não se perderão.
Gratidão é coisa séria e de todos os dias.
