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Vem Pra Rua sai em defesa da Lava Jato e pede fim do foro

Daniel Weterman

Os movimentos que articularam as manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) vão às ruas pela primeira vez neste ano, no próximo domingo, 26, para defender a Operação Lava Jato. Além disso, os manifestantes pedirão o fim do foro privilegiado e a rejeição ao sistema de voto em lista fechada, que ganhou força nos últimos dias entre políticos e representantes do Judiciário.

A manifestação está programada para 102 cidades no País, de acordo com o Movimento Vem Pra Rua. Em Brasília, o protesto vai se concentrar às 10 horas em frente ao Congresso Nacional. O movimento chamou atos também em quatro cidades do exterior: Boston e Nova York, nos Estados Unidos, Lisboa, em Portugal, e Zurique, na Alemanha

Na pauta do evento convocado pelas redes sociais, o primeiro item é o apoio total à Operação Lava Jato. Os movimentos pedem ainda o fim do foro privilegiado como base para acabar com a impunidade no Brasil. Nesta semana, o tema foi inserido na pauta de votações do Senado. Mas, setores do Congresso começaram a articular emendas que podem modificar a proposta, criando filtros de investigação e até mesmo “varas especiais” para impedir que processos que envolvam políticos cheguem diretamente à primeira instância da Justiça.

Os organizadores dos atos – o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua, entre outros – também citam o aumento do Fundo Partidário e o voto em lista fechada, considerados antidemocráticos.

Abuso – Apesar de não ter sido incluído na pauta dos protestos, o projeto de lei do abuso de autoridade continua sendo alvo de críticos dos grupos. Em vídeo divulgado hoje, o Vem pra Rua ataca o líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), autor da proposta, dizendo que a manobra serve para protegê-lo das investigações na Lava Jato. Na quarta, 22, o senador criticou os vazamentos “seletivos” realizados no âmbito da operação e se disse vítima de preconceito e perseguição por parte do Ministério Público Federal (MPF).

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