Bartô Granja
Com a corda no pescoço desde que precisou bancar 1 bilhão e 300 milhões de reais para a construção do Mané Garrincha, a Terracap, enfim, enxerga uma luz no fim do túnel.
A história do fundo do poço acabou nesta quinta, 4, com a assinatura, pelo governador Rodrigo Rollemberg, de atos que permitirão a recompra direta de lotes adquiridos irregularmente de grileiros.
A estatal trabalha com a expectativa de vender numa primeira etapa cerca de 6 mil lotes nessa situação, com área média de 800 metros quadrados, ao preço unitário aproximado de 180 mil reais. Se tudo der certo, serão injetados 5 bilhões de reais na empresa ao longo dos anos.
O pagamento será parcelado em 20 anos. Quem desejar quitar à vista, terá desconto que pode variar de 15% e 20 por cento.
Rollemberg assinou dois decretos. Um estabelece regras para a venda direta de lotes em condomínios, e o outro institui a certidão de regularização fundiária (CRF) no Distrito Federal.
Em um primeiro momento, a venda direta engloba apenas lotes residenciais unifamiliares (que abrigam uma só família) ocupados até 22 de dezembro do ano passado.
As áreas atingidas estão distribuídas nas regiões administrativas de São Bartolomeu, Vicente Pires e Jardim Botânico.