As vendas do setor supermercadista do estado do Rio de Janeiro caíram 3% em janeiro, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10) pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj).
De acordo com o presidente da entidade, Fabio Queiróz, no início do ano acontece um “refluxo”, após as despesas de fim de ano. No entanto, o resultado reflete também “a preocupação com os efeitos da instabilidade econômica”.
“Estamos intensificando as negociações com os fornecedores, para fazer frente à alta do dólar. Esse é um dos nossos esforços para tentar garantir um preço mais em conta para o consumidor. A nossa proposta contra os efeitos da crise econômica é aumentar a oferta de produtos cadastrados nos mercados e apostar nas promoções, dando ao consumidor mais opções e preços mais vantajosos. Com isso conseguimos manter as vendas aquecidas e o fluxo da produção industrial”, declarou Queiróz, em nota.
Queda de 1,5% nas vendas do comércio
O resultado negativo em janeiro na estado do Rio de Janeiro é semelhante ao observado nos dados do total do volume de vendas do comércio brasileiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o varejo recuou 1,5% no mês – a queda mais intensa para o período desde 2005.
De dezembro para janeiro, a maioria dos segmentos do varejo registrou resultados negativos. As vendas de hipermercados e supermercados, que tem o maior peso sobre o índice do varejo, caíram 0,9%. O comércio de móveis e eletrodomésticos também mostrou dados mais fracos. Na comparação com o final do ano passado, o setor teve baixa de 4,3%.
2015 vendeu R$ 30 bilhões
Apesar da crise econômica que o país atravessa, o faturamento dos supermercados fluminenses se manteve estável em 2015, em relação ao ano anterior, e totalizou R$ 30 bilhões, informou a Asserj.
“O resultado mostra que, apesar do agravamento da crise econômica a partir do segundo semestre, o segmento se manteve estabilizado no comparativo com 2014, que registrou R$ 27 bilhões em vendas. Os valores acompanham a alta da inflação registrada no fim do ano passado”, analisou a entidade.
200 mil empregos
A associação informou ainda que o setor supermercadista gera 200 mil empregos no estado do Rio de Janeiro e que “não há registro de demissões em larga escala entre suas 300 empresas associadas, que totalizam mais 1500 lojas distribuídas em toda a região fluminense”.