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Venezuela faz acordo com Irã para enfrentar americanos

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, disse ter acordado em conversa telefônica com seu homólogo do Irã aumentar as ligações bilaterais entre os dois países contra os EUA. A cooperação é contra as “agressões imperiais” dirigidas aos povos da Venezuela e do Irã, anunciou o líder venezuelano.

“Tive uma conversa telefônica com Seyed Ebrahim Raisi, presidente-eleito da República Islâmica do Irã. Acordamos fortalecer nossos laços de fraternidade e cooperação para avançar na luta conjunta perante as agressões imperiais contra nossos povos”, afirmou Maduro.

Raisi ganhou com facilidade as eleições presidenciais no Irã na semana passada, conquistando quase 62% dos votos e eliminando a necessidade de um segundo turno. Os parceiros estratégicos do Irã, incluindo Rússia e China, parabenizaram Raisi por sua vitória, enquanto os EUA e Israel criticaram a votação, questionando sua imparcialidade ou caracterizando de “carniceiro” o vencedor.

Eixo de irritação’
Autoridades dos EUA e analistas de think tanks em Washington têm expressado regularmente frustração com a parceria estratégica entre Venezuela e Irã, caracterizando a aliança como um “eixo de irritação”.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, comentando sobre navios iranianos aparentemente rumando à Venezuela, confirmou que a Casa Branca estava “monitorando a situação”, advertindo que os EUA estavam “preparados para alavancar as autoridades aplicáveis, incluindo sanções, contra qualquer ator que permita o contínuo fornecimento de armas do Irã a parceiros e agentes violentos em todo o mundo”.

No entanto, a Venezuela não tem travado nenhuma guerra desde a Segunda Guerra Mundial, enquanto o Irã não provoca uma guerra desde 1795. Além disso, sob a lei internacional, Washington não tem o direito de realizar ações contra navios iranianos que operam em águas internacionais.

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