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Viagens interplanetárias

Vento solar pode produzir água na Lua e facilitar instalação de base para os humanos

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque - Foto de Arquivo

Um novo estudo divulgado pela NASA traz descobertas surpreendentes sobre como a Lua pode armazenar e até produzir água, graças à ação dos ventos solares. A pesquisa, publicada nesta semana na revista Nature Astronomy, aponta que partículas carregadas oriundas do Sol — principalmente prótons — interagem com os grãos de poeira lunar, formando moléculas de hidroxila (OH) e, posteriormente, de água (H₂O).

O fenômeno, segundo os cientistas, ocorre principalmente nas regiões de sombra da superfície lunar e pode representar um marco crucial para futuras missões espaciais. A descoberta reforça a viabilidade de estabelecer bases humanas permanentes na Lua, que poderiam servir como ponto de apoio estratégico para missões a Marte e outros destinos do sistema solar.

“A presença de água é fundamental para a sobrevivência humana no espaço e também pode ser utilizada como combustível, por meio da separação de hidrogênio e oxigênio”, explicou a cientista planetária Sarah Noble, da NASA. “Esses achados ampliam as possibilidades de exploração sustentável fora da Terra.”

O estudo utilizou dados colhidos por sondas orbitais e simuladores de laboratório que reproduzem as condições lunares. A teoria central é que os prótons solares penetram na superfície lunar e se ligam ao oxigênio presente nos minerais, formando compostos hidratados. A concentração de água seria maior em áreas polares e em regiões de solo mais poroso.

Com essa descoberta, o planejamento de uma base lunar se torna mais factível, especialmente com os avanços do programa Artemis, que prevê o retorno de astronautas à Lua nos próximos anos. A capacidade de produzir água diretamente no solo lunar pode reduzir drasticamente os custos de transporte e aumentar a autonomia das missões.

Especialistas ressaltam, no entanto, que ainda há desafios técnicos e logísticos a serem superados. A extração eficiente da água formada requer tecnologia sofisticada, e a variabilidade da atividade solar também pode afetar os níveis de produção.

Mesmo assim, o estudo é visto como um passo importante na nova era da exploração espacial. “Estamos começando a entender como utilizar os recursos do espaço para viver no espaço”, concluiu Noble.

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