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Verão e viagens alertam para o risco de intoxicação alimentar

Os primeiros meses do ano costumam ser escolhidos pela maioria dos brasileiros para o período de férias, onde muitos aproveitam para viajar. Junto com a diversão, aparece o risco de intoxicação alimentar, um problema de saúde que normalmente ocorre quando a pessoa ingere água ou alimentos contaminados com toxinas produzidas por microrganismos. Náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, mal-estar, febre, falta de apetite e desidratação são alguns dos sintomas da intoxicação alimentar.

De acordo com a médica especialista em endoscopia digestiva do Hospital DF Star, da Rede D’Or, Paula Botelho, a intoxicação pode afetar qualquer pessoa, em qualquer época do ano. No entanto, durante o verão, o índice de contaminação alimentar aumenta, uma vez que o calor e a umidade do ar intensificam os riscos. “No período de férias ocorre o aumento do consumo de alimentos fora do contexto habitual, propiciando o maior contato com alimentos contaminados. Isso acontece porque o armazenamento incorreto e a má higienização pessoal e dos alimentos facilitam a proliferação de agentes nocivos e a sua disseminação, especialmente nos ambientes com alta exposição ao calor. Por isso, é preciso redobrar a atenção com o quê e onde comer, observando as condições de higiene e de conservação dos alimentos”, afirma a médica.

Alimentos como carnes cruas ou mal passadas, leites e seus derivados, ovos, maionese caseira, enlatados e frutos do mar são mais suscetíveis a intoxicação alimentar. “A contaminação pode acontecer pelo manuseio incorreto dos alimentos, falta de higienização ou armazenamento inadequado dos alimentos. Portanto, manipular os alimentos de forma adequada é uma maneira de prevenir a condição. Lembrando sempre de higienizar as mãos corretamente e utilizar somente utensílios bem limpos”, explica Paula Botelho.

Em caso de sintomas de intoxicação alimentar é necessário que se busque atendimento médico. A médica explica que medidas de suporte como soro de reidratação oral e analgesia são as bases da terapêutica para a maioria dos casos. “É importante também manter uma dieta leve e saudável. Em geral, trata-se de doença autolimitada, porém, é necessário procurar atendimento médico especializado, principalmente em casos de sintomas mais graves. O atendimento precoce é fundamental para prevenir complicações que podem afetar a qualidade de vida dos pacientes”, afirma.

Segundo a médica especialista em endoscopia digestiva da Rede D’Or, Paula Botelho, os cuidados necessários para evitar intoxicação alimentar são lavar muito bem as mãos antes das refeições e antes de preparar alimentos; ficar atento à higiene de restaurantes e barraquinhas antes de se alimentar; evitar alimentos de locais sujos, com moscas e de procedência duvidosa; fazer escolhas saudáveis na praia como frutas da estação, água de coco, suco de fruta natural, salada de frutas e sanduíche natural fresco; evitar consumir alimentos com molhos à base de maionese, ovos ou creme de leite que estejam à temperatura ambiente; tomar cuidado com as bebidas alcoólicas, pois elas favorecem a desidratação; garantir-se de que frutos do mar estejam bem cozidos e bem armazenados, pois podem conter microrganismos causadores de doenças; não deixar alimentos crus ou cozidos expostos à temperatura ambiente; realizar o descongelamento sempre em geladeira; e manter-se sempre hidratado.

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