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A verba vai caindo e o festival vai desfiando com força

João Luiz Sampaio

O 48.º Festival de Inverno de Campos do Jordão será realizado entre os dias 1.º e 30 de julho. Como nas últimas edições, o evento vai se dividir entre Campos e a Sala São Paulo A medida tem como objetivo a redução de despesas: entre 2015 e 2016, o festival sofreu uma redução de 30% no orçamento.

E a queda continuou: o orçamento deste ano é de R$ 3 milhões, valor advindo de patrocínios privados, sem participação do Estado. No ano passado, o orçamento era de R$ 4 milhões, com R$ 1,7 milhão do governo de São Paulo e R$ 2,3 milhões de patrocínio.

Ao todo, serão realizados 80 concertos, oito a menos do que no ano passado; o número de bolsistas caiu de 217 para 205.

A lista de professores é composta quase exclusivamente de músicos brasileiros ou em atividade no País. O Ensemble Modern, um dos mais importantes conjuntos mundiais dedicados à composição contemporânea, será o grupo residente.

A Orquestra Acadêmica fará dois concertos. No primeiro, o maestro inglês Neil Thomson rege obras de Guerra-Peixe e Rimsky-Korsakov; no segundo, Alexander Liebreich comanda um programa que tem como destaque as Canções de Um Viajante, de Mahler, com Paulo Szot. Um grupo de 41 bolsistas foi selecionado para atuar com a Osesp na Sinfonia n.º 7 de Shostakovich, com Marin Alsop.

Outros dois conjuntos serão formados pelos alunos: a Camerata do Festival (com Valentina Peleggi) e o Grupo de Música Antiga do Festival (com Luis Otávio Santos). A abertura e o encerramento serão feitos pela Osesp: no dia 1.º, com regência de Marin Alsop; e, no dia 29, com Giancarlo Guerrero regendo a Sinfonia n º 4 de Tchaikovski. Os grupos convidados incluem a Filarmônica de Goiás (com o pianista Cristian Budu) e a Orquestra Juvenil da Bahia.

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