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Arthur Claro, o comunista

Verdades numa colcha de palavras retalhadas

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Autor/Imagem:
Eduardo Martínez - Foto Acervo Pessoal

Arthur nasceu Claro, sobrenome de família. Mas desde cedo buscou caminhos e trilhas tão diversos, às vezes obscuros, mas todos carregados de paixão. Alguns poderiam acusá-lo de ser cabeça-dura. Que seja!!! Para enfrentar tanta pancada da vida, não pode ter a moringa de bexiga.

Os que o conhecem dizem que ele parece uma coruja, pois sempre está de olho em tudo, como se tentasse entender, ou melhor, captar a essência e, assim, fazer a sua arte. Esta, aliás, pode soar estranha, às vezes até lúgubre, mas digo-lhe que não. Basta dar uma olhadela no blog do Arthur para você sentir que está no DeLorean do Marty McFly indo direto para os conturbados anos 1970, quando os fanzines eram armas contra a cruel Ditadura Militar.

O blog do Arthur Claro é uma colcha de retalhos, onde cada detalhe é importante para a formação do todo. No entanto, não se engane, caso esteja imaginando que essa verdadeira feira livre está pronta e acabada. Não!!! Esse artista, um verdadeiro bicho-carpinteiro, não cansa de se reinventar e buscar novas trajetórias nessa saga.

Esse rapaz paulista, que ostenta um belo bigode à Salvador Dalí, também tem lá as suas contradições. A maior delas, a meu ver, descobri quando constatei que ele é torcedor de um certo time, que não é conhecido por engajamentos sociais. Pois bem, lá estávamos os dois trocando algumas ideias, quando surgiu esse pequeno interlúdio.

– Dudu, eu faço arte alternativa porque sou comunista.

– Mas, Arthur, você torce pro São Paulo!

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