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João Pessoa

Vereadores entram em ação para tentar salvar o Rio Gramame

Publicado

Autor/Imagem:
Acssa Maria, Edição - Foto Divulgação

Os vereadores de João Pessoa estão dando mais atenção ao Rio Gramame, alvo de assoreamento constante nos últimos anos. A questão deve envolver não apenas autoridades da capital paraibana, mas de outros municípios, conforme alerta do vereador Marcos Henriques (PT). Para se ter uma ideia, sete cidades vizinhas são cortadas pelo rio. “O rio está agonizando e precisamos salvá-lo”, afirma o vereador.

Marcos Henriques acrescenta ainda que estudos realizados por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba apontam sugestões de políticas ambientais para a proteção dos rios. “As sugestões passam pela criação de zonas livres de agrotóxicos e fertilizantes nas bacias do Rio Gramame, Marés e Ibaipopocas; recuperação da cobertura vegetal das bacias hidrográficas utilizadas no abastecimento humano; aplicação do regramento do código florestal e demais dispositivos legais que protegem as nascentes. Não há justificativa para desobedecer às legislações ambientais e ainda comprometer a saúde de mais de um milhão de pessoas”, defende.

O vereador também destacou a necessidade de fortalecimento da Cagepa, ampliando os recursos humanos e a capacidade técnica, para possibilitar a detecção de poluentes e a experimentação de métodos de controle e mitigação deles. “Precisamos fortalecer os órgãos ambientais para conter a poluição industrial e urbana que vem transformando nossos Rios em canais de esgoto”, reforçou.

Ivanildo Santana, educador ambiental da Escola Viva Olho do Tempo, disse que são muitos os pedidos em relação ao Rio Gramame, entre eles soluções para a poluição difusa e a poluição oriunda do Distrito Industrial. “Através dessas poluições, outras problemáticas aparecem. Uma vez que os afluentes não são tratados, a poluição vai para o Rio in natura e são proliferados vários tipos de problemas. Um deles é o nascimento de plantas bioindicadoras de poluição que se alastram, fechando o Rio e atrapalhando toda uma vida que existe nos arredores do manancial, sobretudo dos ribeirinhos, quilombolas e pescadores, que são impactados por essa poluição”, acrescentou.

Para o vereador Milanez Neto (MDB), as pessoas estão fazendo o papel que é do poder público e não está sendo feito. “Não estarmos cobrando a eficácia das leis que já existem. Nós precisamos apenas cumprir a lei, não precisamos criar a roda, e sim, apenas colocar a roda para rodar. Não podemos nos curvar para os grandes e sermos fortes apenas para os pequenos. Era para ser o inverso”, explicou.

Marcos Túlio, representante do Movimento ‘Esgotei’, defendeu a educação ambiental nas escolas como de fundamental importância. “O Movimento Esgotei está tentando dar visibilidade a essa devastação. Eu tenho muito respeito a essa comunidade Gramame, que tenta mostrar pra gente que o Rio está lá, se acabando, e onde nós estamos?”, indagou.

“É preciso saber o papel de cada órgão. A Semam faz o licenciamento ambiental compartilhado com a Sudema. No licenciamento cada empreendimento é obrigado a comprovar o acesso à água e o lançamento do efluente. É verdade que em muitos casos acontece o extravasamento da solução de efluentes e esse extravasamento acaba nas galerias, que vai acabar no Rio e no mar, fazendo com que a qualidade dos nossos rios e dos nossos mares fique comprometida. É preciso que a gente estenda as ações realizadas para o Rio Jaguaribe também para os demais rios, como o Gramame, o Rio Cabelo, o Rio Laranjeiras, para todos eles, porque nós temos ocupações ao longo de todos. Essa é uma política que envolve o Governo Federal, Estadual e Municipal”, pontuou Welison Silveira, secretário de Meio Ambiente de João Pessoa.

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