Uma pesquisa peculiar com a co-autoria do estudante Germain Tobar da Universidade de Queensland e do professor Fabio Costa da UQ, postula que um tipo específico de viagem no tempo pode realmente ser possível.
Os autores do artigo, intitulado “Dinâmica reversível com curvas fechadas tipo tempo e liberdade de escolha”, argumentam que descobriram um “meio-termo na matemática que resolve um grande paradoxo lógico em um modelo de viagem no tempo”.
Com a “discussão da viagem no tempo” focada nas chamadas curvas fechadas tipo tempo, Tobar e Costa sugerem que “contanto que apenas duas peças de um cenário inteiro dentro de um CTC ainda estejam em ‘ordem causal’ quando você sai, o resto está sujeito ao livre arbítrio local “.
“Nossos resultados mostram que os CTCs não são apenas compatíveis com o determinismo e com a ‘livre escolha’ local de operações, mas também com uma gama rica e diversificada de cenários e processos dinâmicos”, afirma o artigo.
Costa utilizou a analogia de um viajante do tempo que buscava evitar que a Covid-19 Paciente Zero se infectasse com o vírus, observando como o sucesso nessa busca eliminaria a motivação do viajante de voltar ao passado para parar a pandemia em primeiro lugar.
“Isso é um paradoxo, uma inconsistência que muitas vezes leva as pessoas a pensar que a viagem no tempo não pode ocorrer em nosso universo. Logicamente é difícil de aceitar porque isso afetaria nossa liberdade de fazer qualquer ação arbitrária”, disse ele.
“Significaria que você pode viajar no tempo, mas não pode fazer nada que possa causar um paradoxo”, acrescentou. Tobar detalhou ainda que não importa o que um hipotético viajante do tempo faça no passado, “eventos salientes apenas se recalibrariam” em torno deles.
“Por mais que tente criar um paradoxo, os acontecimentos sempre se ajustarão, para evitar qualquer inconsistência”, sugeriu io cientista.